São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

Texto Anterior | Índice

Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Shutterstock/economist.com

Um oceano de petróleo?

Enquanto Haroldo Lima se explica na manchete do site Vermelho, do PC do B, a "Economist", a "Forbes", a "BusinessWeek" tentam dar sentido à barafunda criada pelo diretor da Agência Nacional de Petróleo.
"Tem mesmo um oceano de petróleo no Brasil?", pergunta-se a "Economist", com a ilustração acima. As três revistas, em textos adiantados ontem nos sites, respondem em graus diferentes que tem, sim, muito petróleo. Mas deve demorar, é de difícil acesso. Não faltam referências ao país como uma "petropotência".
E agências diversas, noticiando relatório do Credit Suisse, destacaram no fim do dia a avaliação de que o campo não é tão grande, mas "como parte de uma área maior ele pode, de fato, conter 33 bilhões de barris".

UMA POTÊNCIA GLOBAL
guardian.co.uk
O britânico "Guardian" deu página para a "descoberta surpresa" que, destaca, "pode confundir os profetas do apocalipse do petróleo" -que vêem a produção em queda sem fim. E o espanhol "El País" deu em editorial que, se confirmado, o campo "fará do Brasil uma potência global"

IRÃ E AS IRMÃS
A ansiedade na mídia global diante do campo Carioca se explica pelo "novo recorde", mais um, ressaltado ontem no site do "Wall Street Journal".
É o que também explica a feira de petróleo que, ironiza o "Financial Times", "poderia ser em qualquer lugar do mundo", com estandes de Shell, Total e outras 450 companhias internacionais. "Mas não é qualquer lugar." É no Irã sob ameaças de invasão.

"SENTADO NA SUÍÇA"
Nas manchetes de Terra, "JN" e outros, a resposta de Lula ao relator da ONU que chamou biocombustíveis de "crime contra a humanidade". Diz ser "fácil ficar sentado na Suíça e dar palpite no Brasil". O relator Jean Ziegler é conhecido freqüentador do Fórum Social de Porto Alegre.
Ecoou no exterior, por agências, mas como uma primeira resposta do Brasil à "crítica crescente" ao etanol.

TATA E A EMBRAER

Ainda ecoa com força, na cobertura de EUA e Europa, a notícia de que Brasil e Rússia vão desenvolver juntos um novo jato. Como indicou o "Valor", a Embraer seria parceira do projeto. Noutro, de cargueiro militar, vai sozinha.
Mas ontem já apareceu um novo parceiro emergente para "a terceira maior fábrica de aviões do mundo", em notícia do indiano "Economic Times". É a gigante indiana Tata, que quer uma joint-venture para aviões comerciais.

MEIO PONTO
Nas manchetes todas à noite, da TV aos portais, o salto nos juros determinado pelo Banco Central, após semanas de pressão, de 0,5% -quando até dias antes as apostas estavam em 0,25%. O percentual apareceu on-line na véspera e foi dado por "bode na sala".

E SEM NOTA
Em texto escrito de Nova York e São Paulo, o "FT" diz que as "esperanças do Brasil" de obter o grau de investimento "enfrentam obstáculo da dívida". As agências de avaliação estariam "preocupadas" com o "nível ainda muito elevado da dívida pública".

CASO NOVO
terra.com.br
No alto dos portais, nas três reportagens "+ lidas" da Folha Online, em longo relato de William Bonner em pleno "Jornal Nacional", a prisão do jornalista "da Record" Roberto Cabrini tomou ontem o lugar que era do "caso Isabella"


Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá



Texto Anterior: Legislação: Comissão acata mudanças em trâmite de MPs
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.