São Paulo, sábado, 17 de abril de 2010

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Goldman retira tumor maligno na próstata

Governador de São Paulo se submeteu a cirurgia ontem, mas, segundo médicos, não deverá ter de fazer quimioterapia

Miguel Srougi, médico que operou o tucano, afirma que caso tem as características favoráveis à cura; substituto de Serra não vai se licenciar


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), 72, passou por uma cirurgia para a retirada de uma neoplasia prostática -um tumor maligno na próstata- na manhã de ontem, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital.
A operação foi agendada no início da semana, e o governador deu entrada no hospital na noite de quinta-feira. A intervenção durou uma hora e meia. O médico responsável pela cirurgia, o urologista Miguel Srougi, 63, disse que, apesar de ser um procedimento complexo, foi "tranquilo". Segundo ele, o caso de Goldman tem todas as características favoráveis, e ele não deve fazer quimioterapia.
"O tumor foi diagnosticado há um mês. Para saber se uma neoplasia prostática é grave ou não, levamos em conta o toque da próstata, a dosagem de PSA [uma proteína do sangue] e a nota na biópsia, que indica a agressividade", explicou.
Srougi disse que nenhum tratamento adicional está previsto e que o governador deverá permanecer internado de cinco a sete dias. O governador paulista poderá retomar as suas atividades dentro de sete a dez dias.
"No caso do governador, os três fatores -toque, exame de sangue e a biópsia- foram extremamente favoráveis e tranquilizadores. O tumor estava encapsulado, dentro da próstata, e isso torna a situação ainda mais favorável", disse o médico.
A nota divulgada pela assessoria de imprensa do governo do Estado diz que Goldman não se afastou do cargo e que ele despachará normalmente nos próximos dias, durante sua recuperação. "Assim que receber alta médica, o governador também retomará sua agenda de compromissos no Palácio dos Bandeirantes", diz a nota.
Alberto Goldman, que foi deputado federal pelo PSDB antes de ser eleito vice-governador, em 2006, assumiu o governo do Estado de São Paulo no dia 6 de abril, após José Serra (PSDB) deixar o cargo para disputar a Presidência da República.
Caso o governador se afastasse do cargo, o sucessor seria o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Antonio Carlos Viana Santos, já que o presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB), disputará novo mandato como deputado. (JULIANA GRANJEIA)


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