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Goldman retira tumor maligno na próstata
Governador de São Paulo se submeteu a cirurgia ontem, mas, segundo médicos, não deverá ter de fazer quimioterapia
Miguel Srougi, médico que
operou o tucano, afirma que
caso tem as características
favoráveis à cura; substituto
de Serra não vai se licenciar
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O governador de São Paulo,
Alberto Goldman (PSDB), 72,
passou por uma cirurgia para a
retirada de uma neoplasia
prostática -um tumor maligno
na próstata- na manhã de ontem, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital.
A operação foi agendada no
início da semana, e o governador deu entrada no hospital na
noite de quinta-feira. A intervenção durou uma hora e meia.
O médico responsável pela cirurgia, o urologista Miguel
Srougi, 63, disse que, apesar de
ser um procedimento complexo, foi "tranquilo". Segundo ele,
o caso de Goldman tem todas as
características favoráveis, e ele
não deve fazer quimioterapia.
"O tumor foi diagnosticado
há um mês. Para saber se uma
neoplasia prostática é grave ou
não, levamos em conta o toque
da próstata, a dosagem de PSA
[uma proteína do sangue] e a
nota na biópsia, que indica a
agressividade", explicou.
Srougi disse que nenhum tratamento adicional está previsto
e que o governador deverá permanecer internado de cinco a
sete dias. O governador paulista poderá retomar as suas atividades dentro de sete a dez dias.
"No caso do governador, os
três fatores -toque, exame de
sangue e a biópsia- foram extremamente favoráveis e tranquilizadores. O tumor estava
encapsulado, dentro da próstata, e isso torna a situação ainda
mais favorável", disse o médico.
A nota divulgada pela assessoria de imprensa do governo
do Estado diz que Goldman não
se afastou do cargo e que ele
despachará normalmente nos
próximos dias, durante sua recuperação. "Assim que receber
alta médica, o governador também retomará sua agenda de
compromissos no Palácio dos
Bandeirantes", diz a nota.
Alberto Goldman, que foi deputado federal pelo PSDB antes
de ser eleito vice-governador,
em 2006, assumiu o governo do
Estado de São Paulo no dia 6 de
abril, após José Serra (PSDB)
deixar o cargo para disputar a
Presidência da República.
Caso o governador se afastasse do cargo, o sucessor seria o
presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador
Antonio Carlos Viana Santos, já
que o presidente da Assembleia, Barros Munhoz (PSDB),
disputará novo mandato como
deputado.
(JULIANA GRANJEIA)
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