Disputa está polarizada entre os grupos a favor e contra o interino Wilson Lima, que tem apoio de Roriz

FILIPE COUTINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Câmara Legislativa do DF escolhe hoje o novo governador do Distrito Federal, cinco meses após a deflagração da Operação Caixa de Pandora abalar a política local e levar à prisão o ex-governador José Roberto Arruda (sem partido).
Seis chapas disputam os votos dos 24 deputados distritais. A eleição será polarizada entre os favoráveis e os contrários ao governador interino Wilson Lima (PR), que pretende ficar no cargo até o fim do ano. O principal impasse, até agora, é saber qual candidato irá para o segundo turno contra Lima, caso a disputa com todas as chapas seja mantida.
Com eleição de hoje, será escolhido o quarto governador em cinco meses de crise. Wilson Lima assumiu o cargo em 24 de fevereiro, após a renúncia do vice-governador do DF, Paulo Octávio (sem partido). Com a cassação de Arruda por infidelidade partidária, em 16 de março, o cargo ficou vago.
Desde que assumiu, o interino mudou um quarto da máquina administrativa. Na média, Lima indicou quase três pessoas por hora.
Lima tem o apoio do ex-governador e favorito para eleição de outubro, Joaquim Roriz (PSC), adversário de Arruda.
Os principais candidatos que disputam com o interino são Rogério Rosso (PMDB), ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento do DF, e Luiz Filipe Coelho (PTB), ex-presidente da OAB-DF.
Também disputam o candidato do PT, professor Antonio Ibañez, o deputado distrital Aguinaldo de Jesus (PRB) e Messias de Souza (PC do B). Os deputados articulam para reduzir o total de candidatos até momentos antes da eleição.
A ideia é escolher um nome à prova de novas denúncias para evitar a intervenção federal, que ainda precisa ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal. Ontem, a corte arquivou pedido para suspender o pleito.


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