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DEFESA
Senador acusa seus assessores
Suassuna afirma que sua assinatura foi falsificada em documento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Ney Suassuna
(PMDB-PB) responsabilizou
ontem assessores de seu gabinete por terem envolvido seu nome no escândalo de compras
fraudadas de ambulâncias por
prefeituras. Ele declarou que
sua assinatura foi falsificada.
Roberto Arruda e Marcelo
Carvalho, dois assessores do gabinete de Suassuna, foram presos sob a acusações de corrupção passiva, crime contra a ordem tributária, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Mas as
transcrições de conversas gravadas pela PF indicam o envolvimento direto do senador. A
Justiça enviou os documentos à
Mesa do Senado e ao Supremo
Tribunal Federal para que o caso fosse investigado, já que ele
tem direito a foro privilegiado.
Segundo as investigações, a
quadrilha era comandada por
Darci Vedoin, dono da Planam.
Apontada como integrante da
quadrilha, Maria da Penha Lino
foi flagrada conversando com
Luiz Vedoin, filho de Darci, sobre emendas de Suassuna. Ela se
refere a Suassuna como "tio Ney
da Paraíba" e diz a Vedoin ter
conversado com o próprio senador sobre as emendas.
"Não conheço nenhuma Penha, não conheço Vedoin", disse Suassuna: "O documento que
solicita essa intervenção não foi
assinado por mim, conforme
qualquer perícia técnica poderá
atestar". Ele referia-se a um ofício em que é solicitado o empenho de R$ 3,6 milhões para as
entidades Ippes e Fundação Hipólito Pereira que teriam convênios com prefeituras da Paraíba.
Suassuana afirma que fez os
pedidos diretamente às prefeituras, sem o intermédio das entidades. Nos últimos três anos,
fez 29 emendas para ambulâncias, e só 13 eram da Planam.
(ADRIANO CEOLIN)
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