São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 2006

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DEFESA

Senador acusa seus assessores

Suassuna afirma que sua assinatura foi falsificada em documento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) responsabilizou ontem assessores de seu gabinete por terem envolvido seu nome no escândalo de compras fraudadas de ambulâncias por prefeituras. Ele declarou que sua assinatura foi falsificada.
Roberto Arruda e Marcelo Carvalho, dois assessores do gabinete de Suassuna, foram presos sob a acusações de corrupção passiva, crime contra a ordem tributária, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Mas as transcrições de conversas gravadas pela PF indicam o envolvimento direto do senador. A Justiça enviou os documentos à Mesa do Senado e ao Supremo Tribunal Federal para que o caso fosse investigado, já que ele tem direito a foro privilegiado.
Segundo as investigações, a quadrilha era comandada por Darci Vedoin, dono da Planam. Apontada como integrante da quadrilha, Maria da Penha Lino foi flagrada conversando com Luiz Vedoin, filho de Darci, sobre emendas de Suassuna. Ela se refere a Suassuna como "tio Ney da Paraíba" e diz a Vedoin ter conversado com o próprio senador sobre as emendas.
"Não conheço nenhuma Penha, não conheço Vedoin", disse Suassuna: "O documento que solicita essa intervenção não foi assinado por mim, conforme qualquer perícia técnica poderá atestar". Ele referia-se a um ofício em que é solicitado o empenho de R$ 3,6 milhões para as entidades Ippes e Fundação Hipólito Pereira que teriam convênios com prefeituras da Paraíba.
Suassuana afirma que fez os pedidos diretamente às prefeituras, sem o intermédio das entidades. Nos últimos três anos, fez 29 emendas para ambulâncias, e só 13 eram da Planam. (ADRIANO CEOLIN)


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