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ELEIÇÕES 2006
Sondagem informal do partido aponta a vitória do senador pernambucano contra José Agripino (RN) para a chapa com tucano
Vice de Alckmin deve ser o pefelista José Jorge
CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Sondagem informal do PFL
aponta José Jorge (PE) como o escolhido para ser o vice na chapa
de Geraldo Alckmin (PSDB) a
presidente. A consulta oficial está
marcada para amanhã, mas, segundo a cúpula do partido, servirá apenas para referendar o nome
do senador pernambucano.
O rival de Jorge na disputa é o
também senador José Agripino
(RN). Ontem, seus correligionários e ele próprio ainda diziam
que vencerão a disputa pelo posto, apesar de reconhecerem alto
grau de dificuldade. Estão habilitadas a votar 96 pessoas -governadores, vice-governadores, prefeitos, vice-prefeitos, senadores,
deputados e membros da Executiva do PFL sem mandato eletivo.
Jorge conta com o apoio da cúpula do partido em São Paulo
-Gilberto Kassab, Cláudio Lembo e Rodrigo Garcia- e é o candidato de Jorge Bornhausen, presidente da sigla, do senador Marco Maciel (PE) e de Cesar Maia,
prefeito do Rio. Integrantes desse
grupo falavam ontem em uma
proporção de 3 votos a 1 para Jorge, mas ele previa vitória por uma
vantagem de 10 a 15 votos.
Já Agripino tem a predileção de
Alckmin, apesar de os tucanos
afirmarem publicamente que não
interferirão no processo e respeitarão qualquer decisão. Como
contrapeso, Jorge tinha a seu lado
o conterrâneo e também senador
Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador da campanha tucana.
"Estou otimista e acho que vou
ganhar, mas meu adversário deve
achar a mesma coisa, caso contrário já teria desistido", disse Jorge.
"Levantamento que vale é o oficial. Vou ganhar a consulta", afirmou Agripino, que, no entanto,
fez uma ressalva: "Tenho a preocupação de que muitos colegas
que votariam em mim não deram
certeza de comparecimento".
A consulta, por meio de voto secreto, será em Brasília, mas, segundo o partido, as cédulas poderão ser enviadas pelo Correio.
Confirmada a escolha de Jorge,
o comando da campanha de
Alckmin espera sua dedicação
quase integral na tentativa de melhorar os índices de intenção de
voto do tucano no Nordeste, onde
Lula tem grande vantagem. Além
do PFL, Alckmin buscará o apoio
do PPS. Ele já estuda a retirada da
candidatura de Eduardo Paes ao
governo do Rio em favor de Denise Frossard (PPS) para fechar
aliança nacional com o partido.
Efeito "apagão"
José Jorge era o ministro das Minas e Energia no governo Fernando Henrique Cardoso no período
da crise que culminou no racionamento de 2001 e 2002.
Por conta disso, alas do PSDB e
do PFL temem que a escolha de
seu nome vincule ainda mais a
candidatura Alckmin ao final do
governo FHC, quando, além da
crise energética, o país enfrentou
um aumento da inflação -fatores que prejudicaram José Serra,
derrotado por Lula em 2002.
Mas Agripino deve perder a disputa no PFL por conta da cisão
entre Bornhausen e o senador
Antonio Carlos Magalhães (BA),
entusiasta do parlamentar do Rio
Grande do Norte. O presidente da
sigla, que chegou a ser cotado para o posto de vice, colocou todo
seu peso político a favor de Jorge.
No início de abril, Bornhausen
chegou a realizar uma consulta no
partido que, segundo ele, deu vitória a Jorge. Ainda assim, Agripino insistiu em seguir na disputa.
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