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PF vê "atitude culposa" de três controladores no caso do vôo 1907
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No dia do acidente do vôo
1907, os controladores de tráfego aéreo envolvidos não seguiram os procedimentos corretos
para autorizações de vôo e para
falhas de comunicações aeroterrestres previstos no manual
da Aeronáutica e que poderiam
ter evitado a colisão, que deixou 154 mortos no dia 29 de setembro do ano passado.
Por esse motivo, a Polícia Federal concluiu no relatório final do inquérito que pelo menos três controladores tiveram
"atitude culposa" (colocaram
em risco a segurança aérea de
forma não-intencional).
O delegado Renato Sayão já
indiciou os pilotos americanos
Joe Lepore e Jan Paladino e recomendou ao Ministério Público Militar a abertura de um Inquérito Policial Militar para
apurar a conduta de três controladores do Cindacta-1, que
fica em Brasília.
A PF não tem competência
para fazer o indiciamento porque eles são sargentos e estavam em atividade militar.
"Considerando que há indícios de erros cometido por controladores de vôo, (...) estaríamos diante de uma conduta
culposa que seria enquadrada
do artigo 206 (homicídio culposo)", diz o relatório da PF.
O primeiro é o controlador-assistente que repassou o Legacy para o centro de Manaus
com informação erradas -a
conversa aconteceu apenas
três minutos antes da batida.
O segundo é sargento que
controlou o Legacy após o jato
sobrevoar Brasília no nível errado (37 mil pés) e não tomou
as medidas de segurança para o
caso de falha de transponder.
O terceiro é o controlador
que assumiu o posto na troca de
turno, e também não constatou
as falhas nem tomou providências preventivas.
"Os verdadeiros culpados foram os pilotos do Legacy e o sistema da Aeronáutica, o software que induz ao erro", disse
Normando Cavalcanti, advogado dos controladores.
Para a FAB, a preparação do
controlador é adequada. "Os
procedimentos existem e eles
são treinados para isso. Se o
controlador não sabe, é desconhecimento individual dele",
disse o coronel Eduardo Raulino, chefe do Cindacta-1.
(LEILA SUWWAN E SILVIO NAVARRO)
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