São Paulo, sábado, 17 de maio de 1997.



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MINISTÉRIO
O senador Iris Rezende (GO) e o deputado Eliseu Padilha (RS) assumirão as pastas de Justiça e Transportes
FHC confirma novos ministros do PMDB

da Sucursal de Brasília

O Palácio do Planalto confirmou ontem, às 18h05, o nome do senador Iris Rezende (PMDB-GO) para ocupar o Ministério da Justiça e o do deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) para a pasta dos Transportes. A data da posse não era conhecida até o início da noite.
"Os nomes dos dois parlamentares gozam não só da confiança do presidente, mas também gozam do apoio dentro do partido, o que ajudará a manter uma maior estabilidade na base partidária do governo no Congresso", afirmou o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, ao fazer o anúncio dos novos ministros.
Rezende e Padilha foram chamados ao gabinete do presidente Fernando Henrique Cardoso por volta das 17h30, logo depois de uma reunião de uma hora de FHC com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), e com os líderes do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), e no Senado, Jáder Barbalho (PA).
O Palácio do Planalto anunciou para o início da noite de ontem uma entrevista coletiva dos dois ministros indicados. A entrevista aconteceria após o encontro dos dois com FHC.
Amaral adiantou que a nomeação de Iris Rezende para a Justiça fará com que o Ministério da Justiça retome parte das tarefas de articulação política.
"Essa tarefa é importante num momento em que o presidente espera acelerar as reformas constitucionais", afirmou o porta-voz.
Processo
O porta-voz da Presidência disse que FHC tomou conhecimento do fato de o deputado Eliseu Padilha ser acusado de crime contra a ordem tributária junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), "mas não viu qualquer fundamento que justifique qualquer dúvida sobre a idoneidade do deputado".
"Já é tempo de nos acostumarmos com o fato de que só prejudica quem quer que seja um fato documentado e sobre o qual exista um julgamento, e não uma hipótese ou uma suposição", afirmou Sérgio Amaral.
De acordo com o porta-voz da Presidência, a existência de um processo "não impede que ele exerça um cargo público, como o de ministro".
Sergio Amaral afirmou ainda que não havia definição quanto à permanência dos atuais secretários-executivos dos ministérios da Justiça (Milton Seligman) e dos Transportes (José Luiz Portella).
"Mas esse governo tem um rumo, um programa claro, e é possível que eles (os novos ministros) usem o elemento da continuidade", afirmou.
Seligman e Portella respondem atualmente pelas pastas da Justiça e Transportes, que foram ocupadas pelos ex-ministros Nelson Jobim e Odacir Klein.



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