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RANKING DAS NAÇÕES
Assunto gerou polêmica no governo
IBGE e Unesco se eximem de culpa pelo uso de dado defasado no IDH
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No dia seguinte à divulgação do
Índice de Desenvolvimento Humano, o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a Unesco (Organização
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) divulgaram cartas para tentar isentá-los
da responsabilidade pelo uso de
dados defasados de alfabetização
no cálculo do índice brasileiro.
A defasagem foi um dos motivos apontados para que o Brasil
ficasse em 72º lugar no ranking de
2004, que englobou 177 territórios. No documento de 2003, o
país aparecia na 65ª posição. O
dado foi recalculado, e o Brasil ficou no mesmo lugar: 72º.
O assunto já havia gerado polêmica entre o governo Lula e o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza (1995-2002), que chegou a falar em manipulação de
dados. A Educação, em nota,
"condena as tentativas de dar conotação política ao caso".
A taxa de analfabetismo usada
para o cálculo foi a do Censo 2000
(13,6%) em vez da mais recente
(11,8%), calculada pelo IBGE na
Pnad (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios) de 2002.
A utilização do dado da Pnad,
em vez do Censo, poria o Brasil na
68ª colocação, em vez de na 72ª.
Em nota ontem, o IBGE afirma
que a responsabilidade pelo uso
dos dados defasados é da Unesco.
Segundo o IBGE, em 23 de setembro de 2002, a Unesco solicitou "especificamente" a taxa de
analfabetismo do Censo 2000. Já a
Unesco divulgou carta, de abril de
2003, em que solicitava atualização dos dados, mas não obteve
resposta. O IBGE informou à
Unesco que não sabia dessa carta.
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