São Paulo, segunda-feira, 17 de julho de 2006

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PROTESTO

Em São Paulo, manifestantes fazem ato contra a corrupção

DA REDAÇÃO

O movimento "Reforma Brasil" foi à avenida Paulista ontem, em São Paulo, para protestar contra a corrupção, pelo fim do voto secreto no Congresso e da imunidade parlamentar e pela cassação de mandato dos políticos que não cumprem promessas de campanha.
"A corrupção já ganhou essa batalha faz tempo. O nosso objetivo, hoje, é marcar alguns golzinhos no time da corrupção", afirma o diretor-geral do movimento, Samuel Shael Santos, 36.
O protesto, intitulado "2ª Marcha pela Dignidade Nacional", teve o apoio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e reuniu 1.500 pessoas que tem "indisposição com a classe política", segundo os organizadores. A estimativa da PM foi mais modesta: 240 manifestantes.
A justificativa do movimento para o que chama de "baixa adesão" é, além da época de férias, o medo do PCC. "Recebemos muitos e-mails de pessoas que estão conosco mas disseram que não viriam com medo da violência", diz Santos. A primeira marcha, em maio, reuniu 800 pessoas, segundo a PM.
Para convocar os manifestantes e coordenar a adesão nacional - o protesto também aconteceu em mais 13 cidades do país-, o "Reforma Brasil" se valeu de uma página na rede de relacionamentos Orkut, de envio de e-mails e de um site na internet, tal como o movimento nasceu, no ano passado, após o surgimento do escândalo do mensalão.
"Somos apartidários e contamos apenas com nossos próprios recursos", afirma Santos, que só lamenta que o protesto tenha reunido apenas pessoas das classes A e B. "Não temos dinheiro para fazer um trabalho de base e chamar o povão", conclui.


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