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PROJETO EDITORIAL 1997 - MEMÓRIA
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Há 16 anos, em junho de 1981,
o documento "A Folha e alguns
passos que é preciso dar" surgia
como a primeira sistematização de um projeto editorial que
já estava, na prática, parcialmente esboçado, e que viria a se
desenvolver vitoriosamente
nos anos subsequentes.
O texto, divulgado internamente, fixava três metas: "Informação correta, interpretações competentes sobre essa informação e pluralidade de opiniões sobre os fatos".
O documento também valorizava o investimento em reportagens, em detrimento da opinião, e preconizava a elevação
da "qualidade técnica e informativa".
Em junho de 1984, quando o
engajamento na campanha pelas diretas destacava a Folha
do conjunto da imprensa, surgia o documento "A Folha depois da campanha diretas-já".
Novamente restrito à circulação interna, o texto constatava
que a campanha já era parte da
história do país e da própria
Folha.
O modelo jornalístico proposto naquele momento crucial foi consolidado em quatro
tópicos: "Trata-se de um jornalismo crítico, pluralista, apartidário e moderno".
A projeção obtida com a
campanha não serviu, entretanto, para encobrir falhas.
Continuava-se enfatizando a
necessidade de "informar mais
e melhor". Ao mesmo tempo,
constatava-se a existência de
espaço para o crescimento do
jornal : "A Folha é o meio de
comunicação menos conservador de toda a grande imprensa
brasileira. É o que mais tem-se
desenvolvido nestes anos. É o
mais sensível aos movimentos
da opinião pública e é também
o mais ágil."
A meta final não poderia ser
outra: "Fazer da Folha o principal jornal do país."
Em julho de 1985, aparecia
nas páginas da seção "Primeira
Leitura", da Ilustrada, o "Projeto Editorial da Folha
1985-1986". Tratava-se de adequar as estratégias do jornal a
uma nova fase, marcada pela
implantação do regime democrático e por um espaço público
menos dicotômico, com "matizes mais sofisticados e possibilidades múltiplas".
O texto recolocava os princípios gerais do jornalismo crítico, pluralista, apartidário e
moderno, mas agregava às
preocupações da Redação outros desafios, notadamente o
jornalismo de serviço e a adoção de novas técnicas visuais.
Em setembro de 1986, o "Projeto Editorial da Folha
1986-1987", também estampado na seção "Primeira Leitura", constatava que a Folha alcançara a maior circulação entre os diários brasileiros.
Informação exclusiva e excelência do produto eram as
preocupações principais desse
documento.
O último texto que estabeleceu diretrizes editoriais foi o
"Projeto Editorial da Folha
1988-1989", de agosto de 1988,
também publicado pela seção
"Primeira Leitura".
Estão ali registrados os traços
de uma nova etapa, marcada
pelo acirramento da concorrência e pela transformação
dos princípios que renovaram o
jornalismo da Folha em "patrimônio coletivo".
Caos da informação exige jornalismo mais seletivo, qualificado e didático
1. Um panorama de mudanças na economia, na política e nas idéias
2. Investimentos, novas tecnologias e pressões de mercado
3. Um jornalismo cada vez mais crítico e mais criticado
4. Seleção de fatos e compreensão de seus nexos num texto mais livre
5. Treinamento, reciclagem e combate sistemático a erros
6. Crítica, pluralidade e apartidarismo num espaço em reformulação
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