São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997.



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PROJETO EDITORIAL 1997 - MEMÓRIA
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Há 16 anos, em junho de 1981, o documento "A Folha e alguns passos que é preciso dar" surgia como a primeira sistematização de um projeto editorial que já estava, na prática, parcialmente esboçado, e que viria a se desenvolver vitoriosamente nos anos subsequentes.
O texto, divulgado internamente, fixava três metas: "Informação correta, interpretações competentes sobre essa informação e pluralidade de opiniões sobre os fatos".
O documento também valorizava o investimento em reportagens, em detrimento da opinião, e preconizava a elevação da "qualidade técnica e informativa".
Em junho de 1984, quando o engajamento na campanha pelas diretas destacava a Folha do conjunto da imprensa, surgia o documento "A Folha depois da campanha diretas-já".
Novamente restrito à circulação interna, o texto constatava que a campanha já era parte da história do país e da própria Folha.
O modelo jornalístico proposto naquele momento crucial foi consolidado em quatro tópicos: "Trata-se de um jornalismo crítico, pluralista, apartidário e moderno".
A projeção obtida com a campanha não serviu, entretanto, para encobrir falhas. Continuava-se enfatizando a necessidade de "informar mais e melhor". Ao mesmo tempo, constatava-se a existência de espaço para o crescimento do jornal : "A Folha é o meio de comunicação menos conservador de toda a grande imprensa brasileira. É o que mais tem-se desenvolvido nestes anos. É o mais sensível aos movimentos da opinião pública e é também o mais ágil."
A meta final não poderia ser outra: "Fazer da Folha o principal jornal do país."
Em julho de 1985, aparecia nas páginas da seção "Primeira Leitura", da Ilustrada, o "Projeto Editorial da Folha 1985-1986". Tratava-se de adequar as estratégias do jornal a uma nova fase, marcada pela implantação do regime democrático e por um espaço público menos dicotômico, com "matizes mais sofisticados e possibilidades múltiplas".
O texto recolocava os princípios gerais do jornalismo crítico, pluralista, apartidário e moderno, mas agregava às preocupações da Redação outros desafios, notadamente o jornalismo de serviço e a adoção de novas técnicas visuais.
Em setembro de 1986, o "Projeto Editorial da Folha 1986-1987", também estampado na seção "Primeira Leitura", constatava que a Folha alcançara a maior circulação entre os diários brasileiros.
Informação exclusiva e excelência do produto eram as preocupações principais desse documento.
O último texto que estabeleceu diretrizes editoriais foi o "Projeto Editorial da Folha 1988-1989", de agosto de 1988, também publicado pela seção "Primeira Leitura".
Estão ali registrados os traços de uma nova etapa, marcada pelo acirramento da concorrência e pela transformação dos princípios que renovaram o jornalismo da Folha em "patrimônio coletivo".


  • Caos da informação exige jornalismo mais seletivo, qualificado e didático
  • 1. Um panorama de mudanças na economia, na política e nas idéias
  • 2. Investimentos, novas tecnologias e pressões de mercado
  • 3. Um jornalismo cada vez mais crítico e mais criticado
  • 4. Seleção de fatos e compreensão de seus nexos num texto mais livre
  • 5. Treinamento, reciclagem e combate sistemático a erros
  • 6. Crítica, pluralidade e apartidarismo num espaço em reformulação




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