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Painel
Renata Lo Prete - painel@uol.com.br
A frota de Lula
O PT prepara uma mobilização de grande porte para os dias 16 e 17 de setembro, a duas semanas do primeiro turno eleitoral. A "Caravana Lula Presidente"
-título inspirado na "Caravana da Cidadania", que
em 1993 circulou pelo Brasil sob o comando do petista- prevê a realização de carreatas simultâneas, que
sairão de pelo menos 250 cidades médias do país em
direção a municípios menores.
A idéia é chegar às localidades sob fogos de artifício
para levar o máximo de gente às ruas, que deverão ser
cobertas por material da campanha de Lula. O roteiro
planejado inclui a participação de lideranças de outros partidos e até de ministros nas caravanas.
Passadinha. A visita de Geraldo Alckmin a Curitiba hoje
foi reduzida a almoço e caminhada rápida na Boca Maldita. Com o PSDB em pé-de-guerra e o PPS exigindo atenção para Rubens Bueno, o jeito foi franquear a agenda a
"quem quiser aparecer".
Não deu. Em razão das brigas, o PSDB não fará a "Arrancada 45", que pretendia relacionar o número da sigla aos
dias restantes de campanha.
Vetos. Problemas também
cercam a ida de Alckmin a Imperatriz (MA) no sábado. Lá, a
agenda será exclusivamente
tucana. O PFL de Roseana
Sarney, que não faz campanha para o presidenciável,
tentou melar a viagem. Acabou solenemente ignorado.
Vício. Convertido ao sudoku, tipo de desafio lógico de
origem japonesa, Alckmin ganhou do namorado da filha,
Sophia, uma versão eletrônica
do jogo, que o acompanha em
todos os vôos da campanha.
Assinatura. O programa de
Aloizio Mercadante (PT) levado ao ar ontem no horário
de propaganda eleitoral em
São Paulo saiu inteiro da cabeça do candidato. A equipe
de comunicação foi acessória.
Milhagem. Marta Suplicy
inicia hoje uma agenda de
campanha para candidatos do
PT país afora. A ex-prefeita
chega à noite a Salvador, onde, entre outros compromissos, gravará participação no programa de Jaques Wagner.
Nada a anunciar. Aldo
Rebelo (PC do B-SP) mandou
cancelar, no Orçamento da
Câmara para 2007, a rubrica
de publicidade, que teve R$ 10
mi -não-gastos- este ano. A
auxiliares, o presidente disse
que propaganda não resolverá
a crise de imagem da Casa.
Na moita. Cerca de um
terço dos deputados sanguessugas tem feito consultas à
Mesa sobre prazos e condições para a renúncia. O "dia
D" para que pulem do barco
deve ser segunda, véspera da
abertura de processos.
Sem escapatória. O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen (SC), decidiu
que os sanguessugas do partido que renunciarem ao mandato não ficarão livres de processo interno no partido.
Olho nele 1. Na atual fase
da investigação do escândalo
dos sanguessugas, o personagem a monitorar é o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA), que já deu declarações
dúbias sobre punições.
Olho nele 2. Além da tendência de boa vontade de
João Alberto com os colegas, a
legislação do órgão do Senado
permite mais manobras protelatórias que na Câmara.
Pelo estômago. Paulo
Torres (PDT-DF), que concorre a deputado federal,
achou jeito criativo de atrair o
eleitor. Apresenta seu número, 1230, e arremata: "O candidato da hora do almoço".
Visita à Folha. José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, visitou
ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava
acompanhado de Paula Santa
Maria, assessora de imprensa.
Tiroteio
"Lula diz que a corrupção é generalizada no país.
Tudo na tentativa de sugerir que o PT faz
o que o PSDB fazia. O presidente se
esquece de que não foi eleito para isso."
Do senador PEDRO SIMON (PMDB-RS) sobre o discurso do presidente
na estréia da propaganda eleitoral gratuita, no qual afirmou que a crise
ética atinge todos os partidos.
Contraponto
Quem fala?
Tocou o telefone de Cristovam Buarque.
-Senhor Cristovam? O governador Alckmin vai falar-
disse a secretária do outro lado da linha.
Tão logo ouviu a voz do adversário tucano, o candidato
do PDT à Presidência engatou conversa:
-Olá, governador. Que bom falar com o senhor. Olhe, já
vou avisando que, durante a campanha, direi que não há
diferença entre sua candidatura e a de Lula.
Algo constrangido, Alckmin ainda trocou algumas frases com o senador antes de admitir:
-Foi um prazer ouvi-lo, mas na verdade eu havia pedido que a secretária ligasse para outro Cristovam.
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