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Tucano diz que Luiz Francisco ajuda o PT
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato tucano à Presidência, José Serra, atacou ontem no
Rio o procurador da República no
Distrito Federal Luiz Francisco
Fernandes de Souza. Serra afirmou que ele "é um procurador ligado ao PT" e que "está fazendo
uma jogada eleitoral."
Souza disse que apresentaria
ontem uma ação por improbidade administrativa contra os empresários Ricardo Sérgio e Gregorio Marin Preciado. O primeiro
arrecadou fundos para campanhas passadas de Serra. O segundo é casado com uma prima do
presidenciável.
A acusação principal é a de que
Preciado teria se beneficiado de
uma operação lesiva aos cofres
públicos quando Ricardo Sérgio
ocupava um cargo na diretoria do
BB (Banco do Brasil). Segundo
Souza, o nome de Serra está citado no texto da ação. O procurador
afirmou também que há indícios
de que Serra teria vendido em
1995 um imóvel no Morumbi (zona oeste de São Paulo) e declarado
valor menor à Receita Federal.
"Não há problema algum. Isso é
um rumor eleitoral para beneficiar o candidato do PT [Luiz Inácio Lula da Silva". Luiz Francisco é
militante do PT. Foi durante quatro anos filiado ao partido. Essa é
uma jogada eleitoral. Ele é uma
pessoa reconhecidamente parcial
no seu trabalho. Me admiro que
se dê credibilidade a isso."
Sobre supostos erros nas suas
declarações de Imposto de Renda
à Receita, Serra disse que "não há
rigorosamente nada errado".
Dia do Perdão
Ele esteve no Rio pela manhã
para participar de duas cerimônias da comunidade judaica, que
ontem celebrou o Yom Kippur
(Dia do Perdão), data mais sagrada do calendário judaico. À tarde
em São Paulo o candidato tucano
participou de três eventos em comemoração ao Dia do Perdão.
No clube A Hebraica, Serra fez
rápido discurso no qual disse desejar a todos para o próximo ano:
"Trabalho, trabalho, trabalho".
Ele havia sido orientado pelos representantes da comunidade judaica a evitar temas de campanha.
No evento, o tucano se encontrou com a prefeita Marta Suplicy
(PT). O candidato do PPB ao governo paulista, Paulo Maluf, passou pelo local e saiu antes da chegada de Serra. Os dois não se encontraram.
No início da noite, Serra se encontrou com o rabino Henri Sobel na Congregação Israelita Paulista. O candidato não quis falar
com a imprensa.
(ANTÔNIO GOIS e JOSÉ ALBERTO BOMBIG)
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