São Paulo, domingo, 17 de setembro de 2006

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Presidente afirma em João Pessoa que Suassuna é senador "decente" e "leal"

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu ontem, em João Pessoa (PB), o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), acusado de envolvimento na máfia dos sanguessugas. Lula classificou o senador de "leal" e "decente" e disse que não pode aceitar o julgamento dos seus adversários.
"Não sou de condenar ninguém antes do julgamento", afirmou Lula, em comício. "Acho que todo ser humano é inocente até prova em contrário. E o senador Ney Suassuna foi um senador leal, foi um senador que teve um comportamento decente", declarou.
Lula afirmou que Suassuna "tem o direito de se defender" e que, "se cometeu algum erro", deve ser julgado e condenado" pela Justiça. "O que nós não podemos é aceitar o julgamento dos nossos adversários, porque se a gente fosse aceitar isso eu já estaria morto", disse.
Suassuna foi convidado para o comício, mas não compareceu. Alegou que sua presença ao lado de Lula poderia ser usada pelos adversários. O deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), também envolvido, também não subiu no palanque.
O presidente afirmou que está sendo atacado porque "neste país não pode ter presidente da República que goste de pobre". Segundo ele, antes de assumir o poder, "pobre só tinha valor na época da eleição, porque o voto dele é igual ao do rico."
Sobre as previsões de que sua candidatura seria abalada pelos escândalos, ironizou: "Teve um [adversário] que disse o seguinte: "Nós precisamos fazer o Lula sangrar até acabar a última gota de sangue, ele vai chegar na eleição morto". Eles não sabiam que eu poderia fazer uma transfusão de sangue com o povo brasileiro e voltar para a política com milhões de células de sangue desse povo."


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