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Presidente afirma em João Pessoa que Suassuna é senador "decente" e "leal"
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA
O candidato à reeleição Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) defendeu ontem, em João Pessoa
(PB), o senador Ney Suassuna
(PMDB-PB), acusado de envolvimento na máfia dos sanguessugas. Lula classificou o senador de "leal" e "decente" e disse
que não pode aceitar o julgamento dos seus adversários.
"Não sou de condenar ninguém antes do julgamento",
afirmou Lula, em comício.
"Acho que todo ser humano é
inocente até prova em contrário. E o senador Ney Suassuna
foi um senador leal, foi um senador que teve um comportamento decente", declarou.
Lula afirmou que Suassuna
"tem o direito de se defender" e
que, "se cometeu algum erro",
deve ser julgado e condenado"
pela Justiça. "O que nós não podemos é aceitar o julgamento
dos nossos adversários, porque
se a gente fosse aceitar isso eu
já estaria morto", disse.
Suassuna foi convidado para
o comício, mas não compareceu. Alegou que sua presença
ao lado de Lula poderia ser usada pelos adversários. O deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), também envolvido, também não subiu no palanque.
O presidente afirmou que está sendo atacado porque "neste
país não pode ter presidente da
República que goste de pobre".
Segundo ele, antes de assumir o
poder, "pobre só tinha valor na
época da eleição, porque o voto
dele é igual ao do rico."
Sobre as previsões de que sua
candidatura seria abalada pelos
escândalos, ironizou: "Teve um
[adversário] que disse o seguinte: "Nós precisamos fazer o Lula
sangrar até acabar a última gota
de sangue, ele vai chegar na
eleição morto". Eles não sabiam
que eu poderia fazer uma
transfusão de sangue com o povo brasileiro e voltar para a política com milhões de células de sangue desse povo."
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