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ELEIÇÕES 2008 / GÊNERO
Mulheres lideram disputa em 4 capitais
Outras seis candidatas, segundo as pesquisas, aparecem em 2º lugar; em Porto Alegre, duas disputam vaga no 2º turno
Vera Chaia, cientista política, afirma que essas postulantes têm perfil diferente das que têm "espaço na vida política só em razão" de parentes
CÍNTIA ACAYABA
THIAGO REIS
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA
Em 2004, o resultado foi um
fiasco. Neste ano, no entanto,
as mulheres podem mudar o
quadro desfavorável a elas nas
capitais. Hoje, há quatro mulheres liderando a disputa para
as prefeituras, segundo o Datafolha e o Ibope. Outras seis aparecem em segundo lugar -em
Porto Alegre, duas disputam
uma vaga no segundo turno.
Nas eleições passadas apenas
Luizianne Lins (PT) saiu vitoriosa, em Fortaleza. Candidata
à reeleição, ela é uma das que
aparecem na frente na disputa.
Em Natal, a vitória feminina
é dada como certa. Segundo o
Ibope, Micarla de Sousa (PV)
tem 50%. Em segundo está Fátima Bezerra (PT), com 25%.
Marta Suplicy (PT) é a favorita em São Paulo e vê os dois rivais, Geraldo Alckmin (PSDB) e
Gilberto Kassab (DEM), lutarem pela segunda posição.
Em Belém, a disputa é mais
acirrada. Valéria Pires Franco
(DEM) está na primeira posição, mas empatada tecnicamente com Duciomar Costa
(PTB), que tem a seu favor o fato de concorrer à reeleição.
Para a cientista política Vera
Chaia, da PUC-SP, as líderes
nas pesquisas "se diferenciam
do perfil das que ganham espaço na vida política apenas em
razão de seus maridos ou pais".
Além de Manuela D'Ávila
(PC do B) e Maria do Rosário
(PT), que disputam vaga no segundo turno em Porto Alegre, e
de Fátima, Gleisi Hoffmann
(PT, Curitiba), Nilmar Ruiz
(DEM, Palmas) e Jô Moraes
(PC do B, Belo Horizonte) aparecem em segundo lugar.
"A mulher tem a contribuir
com a sensibilidade, o cuidar, o
criar", diz Micarla.
Para Sônia Malheiros, subsecretária de Articulação Institucional da Secretaria Especial de
Políticas para as Mulheres, da
Presidência, "essas candidaturas despontando ainda são exceções, mas começam a aparecer em maior número, o que indica processo de mudança".
Segundo o Tribunal Superior
Eleitoral, 51,7% do eleitorado
(67,5 milhões) é feminino -4,7
milhões a mais que os homens.
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