São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2007

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Foco

Protesto contra tributo não atinge meta de público e reúne 15 mil em São Paulo

LEANDRO BEGUOCI
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O vale do Anhangabaú recebeu 15 mil pessoas (estimativa da Polícia Militar) no show-protesto contra a CPMF, em São Paulo.
A princípio, eram esperadas 2 milhões. Durante o evento, os organizadores diziam que iam encher o vale. Não encheram. Mesmo Paulo Skaf, presidente da Fiesp, não foi ao ato. Ele é um dos líderes da campanha nacional contra a CPMF.
Questionado se o número era decepcionante, Ronaldo Koloszuk respondeu: "Se não deu certo o público, paciência. O importante é defender as causas". Ele é o líder da Frente Nacional da Nova Geração, que organizou o protesto, e diretor do Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp.
O público parecia não estar muito interessado no tributo. Gritavam e aplaudiam quando o locutor dizia o nome das bandas. Quando ele pedia um "não" para a CPMF, restava o silêncio.
Nem entre os artistas havia consenso contra a CPMF. Ao ser questionado sobre o que achava do tributo, Dani, baterista da banda NX Zero, disse: "A gente está fazendo um negócio de uma coisa que não sei informar".
Zezé di Camargo falou que o ato não é contra o governo federal e até aceita a prorrogação da CPMF, se a alíquota for mais baixa e os recursos forem todos para a saúde. Só seu irmão, Luciano, foi enfático. Mas contra o governo Lula, não contra o tributo. "É hipocrisia falar que esse movimento não é contra o governo Lula."
Organizadores e artistas foram separados do público por grades de ferro. Ao todo, 200 PMs e 250 seguranças trabalharam no evento. Segundo a organização, foram gastos R$ 300 mil no ato e os artistas não cobraram cachê.


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