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Foco
Protesto contra tributo não atinge meta de público e reúne 15 mil em São Paulo
LEANDRO BEGUOCI
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O vale do Anhangabaú recebeu 15 mil pessoas (estimativa da Polícia Militar) no
show-protesto contra a
CPMF, em São Paulo.
A princípio, eram esperadas 2 milhões. Durante o
evento, os organizadores diziam que iam encher o vale.
Não encheram. Mesmo Paulo Skaf, presidente da Fiesp,
não foi ao ato. Ele é um dos
líderes da campanha nacional contra a CPMF.
Questionado se o número
era decepcionante, Ronaldo
Koloszuk respondeu: "Se
não deu certo o público, paciência. O importante é defender as causas". Ele é o líder da Frente Nacional da
Nova Geração, que organizou o protesto, e diretor do
Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp.
O público parecia não estar muito interessado no tributo. Gritavam e aplaudiam
quando o locutor dizia o nome das bandas. Quando ele
pedia um "não" para a
CPMF, restava o silêncio.
Nem entre os artistas havia consenso contra a CPMF.
Ao ser questionado sobre o
que achava do tributo, Dani,
baterista da banda NX Zero,
disse: "A gente está fazendo
um negócio de uma coisa que
não sei informar".
Zezé di Camargo falou que
o ato não é contra o governo
federal e até aceita a prorrogação da CPMF, se a alíquota
for mais baixa e os recursos
forem todos para a saúde. Só
seu irmão, Luciano, foi enfático. Mas contra o governo
Lula, não contra o tributo. "É
hipocrisia falar que esse movimento não é contra o governo Lula."
Organizadores e artistas
foram separados do público
por grades de ferro. Ao todo,
200 PMs e 250 seguranças
trabalharam no evento. Segundo a organização, foram
gastos R$ 300 mil no ato e os
artistas não cobraram cachê.
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