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Outro lado
Ministro nega direcionamento do programa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Se os dados referentes ao
Pronasci fossem "olhados
com sensatez", afirmou o ministro Tarso Genro (Justiça),
não se concluiria que há direcionamento político. Ele explica: "O Rio Grande do Sul é
governado pelo PSDB, [nessa
lógica] eu não poderia beneficiar adversários", disse. "[A
distribuição dos recursos]
está ligada a fatos objetivos."
Segundo ele, o Rio Grande
do Sul lidera o ranking por
receber mais recursos do
Bolsa Formação, um dos 94
projetos do Pronasci destinado à qualificação de policiais com rendimento mensal inferior a R$ 1.700. O governo gaúcho receberá R$ 50
milhões para esse fim.
O ministério informa ainda ter R$ 300 milhões para
serem usados no Bolsa Formação. "Basta os Estados pedirem", disse Tarso.
Para ele, os Estados não
estavam "acostumados" com
programas com tantos recursos como o Pronasci, o
que levou muitos deles a não
apresentarem projetos ou,
quando o faziam, eles estavam fora da ideologia do programa. "Não sei se conseguiremos aplicar todos os recursos previstos para este
ano", completou. A previsão
de investimentos é de R$ 1,4
bilhão, chegando ao total de
R$ 6,7 bilhões em 2011.
O coordenador do Pronasci, Ronaldo Teixeira, que
também contestou o levantamento da Folha, diz que o
Rio recebeu, neste primeiro
semestre, R$ 55 milhões via
crédito suplementar para serem usados no Complexo do
Alemão -o que tiraria o Rio
Grande do Sul do topo do
ranking. O dado está fora do
orçamento do programa, que
saiu do papel em julho. Antes, a verba destinada a segurança pública vinha do Fundo Nacional de Segurança
Pública e do Fundo Penitenciário Nacional.
(LF)
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