UOL

São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2003

Próximo Texto | Índice

PAINEL

Mapa da guerra
A cúpula do PT inicia nesta semana uma série de reuniões individuais com os presidentes dos partidos aliados, incluindo o PMDB e o PP. A idéia é discutir o lançamento de candidatos a prefeito em todas as cidades com mais de 100 mil eleitores. Hoje, o encontro será com o PL.

Cubo mágico
Na avaliação do PT, as disputas nos municípios maiores podem gerar fraturas na base de sustentação ao governo federal. A intenção é reproduzir a aliança que apóia Lula no maior número possível de cidades. Onde isso não for viável, os petistas buscarão pacto de não-agressão.

Segundo escalão
A formação dos palanques nos municípios menores preocupa menos os dirigentes petistas. No entender da cúpula, eventuais desentendimentos entre aliados de Lula nessas localidades terão pouca repercussão no xadrez partidário de Brasília.

Porteira aberta
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que hoje se reúne com a cúpula petista para tratar das eleições de 2004, enviou circular a todos os diretórios municipais de seu partido dando às lideranças locais total liberdade para negociar alianças.

Filme conhecido
Já circulam no Congresso dossiês com denúncias contra Garibaldi Alves, ministeriável do PMDB. Os portadores da papelada são desafetos regionais do senador e políticos de seu próprio partido que ainda sonham com uma vaga na Esplanada.

Passado em revista
As denúncias contra Garibaldi Alves, relativas ao período em que ele governou o Rio Grande do Norte (1995-2002), dizem respeito à privatização da companhia de saneamento e a um cunhado preso por extorsão. Uma CPI na Assembléia e a Justiça não acusaram participação do senador em irregularidades.

Aspirina e cama
Já que sonhar não paga imposto, o PTB cobiça mais um ministério. A sigla que mais cresceu na Câmara desde o início do governo Lula considera pouco ter apenas a pasta do Turismo. Com necessidades mais urgentes a atender, o Planalto pretende acalmar o partido com cargos de segundo e terceiro escalões.

Tutu à mineira
Enquanto o vice José Alencar tenta segurar Anderson Adauto nos Transportes, o PL de Minas busca indicar seu sucessor, alternando apostas no vice-governador Clésio Andrade e no deputado José Santana. O Planalto, no entanto, prefere Alfredo Nascimento, prefeito de Manaus.

Cintura de ministro
Mais um político adere ao regime da proteína, desaconselhado por médicos mas apreciado pelo poder em Brasília. Eunício Oliveira, líder do PMDB na Câmara e ministeriável, segue a dieta que já conquistou Lula.

Tudo para mim
Dos R$ 2 milhões em emendas ao Orçamento que a Comissão de Assuntos Econômicos tem direito a apresentar, Romero Jucá (PMDB-RR) quer ficar com R$ 800 mil. "O passe dele vale mais que o do Ronaldinho", ironizou Mão Santa (PMDB-PI).

Em causa própria
Inocêncio Oliveira (PE) busca apoios no PFL para o projeto que permite a reeleição de João Paulo (PT-SP) à presidência da Câmara. Vice-presidente, Inocêncio seria beneficiado diretamente com a aprovação da medida. E tenta agradar o colega, que censurou reportagem no "Jornal da Câmara" contra ele.

Contrato de risco
O governo do DF fechará contrato de R$ 250 mil mensais para o aluguel de um prédio do ex-senador Luiz Estevão. No ano passado, a Funasa chegou a alugar o mesmo edifício, mas o contrato foi desfeito por ordem do então ministro José Serra (Saúde).

TIROTEIO

Do deputado Doutor Rosinha (PT-PR), sobre senadores bloquearem a tramitação do Orçamento como forma de pressão para terem mais emendas:
- Eles passaram a se comportar como vereadores, preocupados apenas com emendas paroquiais. Não agem como senadores da República.

CONTRAPONTO

Vigilantes do peso

Aliados durante o governo FHC, os peemedebistas Renan Calheiros (AL) e Geddel Vieira Lima (BA) estão rompidos desde o início do mandato de Lula.
O senador Renan é um dos líderes da ala majoritária do partido, defensora da adesão ao governo. O deputado Geddel quer o PMDB na oposição.
Na semana passada, ao encontrar Geddel na gravação do programa de TV da sigla, Renan procurou desanuviar o clima:
- A vida na oposição está boa. Você está mais gordo.
- Não fale assim, parece até que não quer voltar a ser meu amigo. A única coisa capaz de melhorar a minha auto-estima é saber que eu emagreci 15 kg.
Igualmente em dieta, Renan respondeu entusiasmado:
- Eu também perdi 15 kg!
Abraçado ao colega de regime, Geddel concluiu:
- Pelo menos alguma coisa a gente tem em comum!


Próximo Texto: Novo ministério: Reforma ministerial só sairá após 15 de dezembro, diz Lula
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.