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São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2003

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Amorim critica subsídios agrícolas e cobra mais abertura de países ricos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, cobrou ontem dos países ricos uma maior abertura comercial, sobretudo na área agrícola, em seu discurso durante a abertura da conferência internacional para discutir as Metas de Desenvolvimento do Milênio, realizada em Brasília.
Segundo ele, sem um tratamento mais justo no comércio internacional, as sete primeiras metas do milênio (de um total de oito), que incluem desde erradicação da fome até democratização do acesso à água, não serão alcançáveis.
Ao enumerar os principais problemas que dificultam o cumprimento das metas sociais, Amorim citou: "os bilionários subsídios agrícolas dos países desenvolvidos", a instabilidade dos fluxos financeiros internacionais, o problema da dívida externa dos países em desenvolvimento, as condições de acesso a medicamentos e a disseminação restrita dos avanços tecnológicos.
O ministro também disse que o crescimento econômico e a lógica do mercado não são suficientes para garantir maior justiça social.
O presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias, também enfatizou em seu discurso que a "mão invisível" do mercado não garantirá o bem-estar das populações. "É preciso a mão visível da Justiça e da solidariedade."
Ao comentar os avanços obtidos na América Latina na última década, Iglesias questionou a eficiência de políticas adotadas para obter desenvolvimento.
A conferência continua hoje, quando presidentes de países sul-americanos e do Caribe, inclusive Lula, realizam uma mesa-redonda para discutir formas de atingir as metas do milênio.
Iglesias deve confirmar hoje uma ajuda de até US$ 2 bilhões para o Bolsa-Família. (LUCIANA CONSTANTINO e ANDRÉ SOLIANI)


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