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Seguradora deveria
garantir contrato
com loteria do Rio
DA REPORTAGEM LOCAL
A Interbrazil S.A. foi contratada
em 2002 pela Capital Construtora
e Limpeza, do empresário Carlinhos Cachoeira, para garantir um
contrato de R$ 168,3 milhões com
a Loterj (Loteria do Estado do Rio
de Janeiro). De acordo com a apólice, a Interbrazil fica obrigada a
indenizar a Loterj caso o contrato
não seja cumprido.
Em 2004, com a divulgação de
trecho de gravação da conversa
entre Waldomiro Diniz e Cachoeira, o acordo acaba sendo
anulado. No diálogo, Waldomiro
pede propina de Cachoeira para
viabilizar o contrato com a Loterj.
No dia da rescisão, em julho de
2004, cobra uma multa de R$ 380
mil sobre a Interbrazil. Em dezembro do mesmo ano, o governo do Rio de Janeiro exige da seguradora o pagamento do valor
fixado na apólice, R$ 3,3 milhões.
Até hoje não recebeu.
Caso similar
O processo foi o mesmo no Rio
Grande do Sul. Pelo contrato, a
Interbrazil teria de pagar ao Estado até R$ 2,9 milhões em caso de
rescisão do contrato com a Capital Construrtora e Limpeza. No
entanto, acionada pelo Estado,
não teria pagado.
Na época da assinatura do contrato (dezembro de 2002), o Rio
Grande do Sul era governado pelo
petista Olívio Dutra. Ontem, o governo do Estado não informou
qual foi o valor do prejuízo.
Em 2003 e 2004, a Interbrazil foi
contratada como seguradora em
áreas estratégicas, como nas usinas de Angra e em Furnas.
Em julho de 2004, o Instituto de
Resseguros do Brasil (IRB) alertou para o risco de a Interbrazil
estar emitindo apólices sem cobertura no exterior.
Só mais de um ano depois, em
agosto deste ano, é que a empresa
veio a sofrer uma intervenção.
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