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Painel
VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br
PAC da publicidade
Às vésperas da nova licitação para definir as três
agências que dividirão o bolo de R$ 150 mi anuais da
conta de publicidade da Presidência, começou a ser
veiculada na quarta passada, já sob protestos da oposição, a campanha "Mais Brasil para mais brasileiros",
a cargo da Lew, Lara e da Matisse, agências que restaram do contrato do primeiro mandato.
A campanha reúne do Bolsa Família ao ProUni, passando pelo PAC. A idéia é mostrar uma "rede" unindo
beneficiários de todos os projetos. A oposição reclama
do tom político da campanha, que custou R$ 38 mi, e
fala em ir à Justiça. Diz que a peça fere o artigo 37 da
Constituição, que determina "caráter educativo, informativo ou de orientação social" na propaganda oficial, que não pode caracterizar "promoção pessoal".
Aos poucos. No mundo da
publicidade, é dado como certo que Duda Mendonça, cuja
agência era a "terceira perna"
da conta-mãe da Presidência,
entrará na licitação. A entrega
das propostas está prevista
para 17 de dezembro. O ensaio
da volta do baiano à cena, pós-mensalão, foi na concorrência
da Petrobras, cujo resultado
sai em março do ano que vem.
Dique. A ordem do governo
é não mexer em temas espinhosos no Senado enquanto
não for liquidada a fatura da
prorrogação do imposto do
cheque. Assim, a entrada da
Venezuela no Mercosul, a
emenda constitucional que
acaba com a reeleição e a regulamentação da emenda 29,
da Saúde, devem ser colocados em banho-maria na Casa.
Bye-bye. Por causa da votação da cassação de Renan Calheiros (PMDB-AL), prevista
para quinta-feira que vem, pelo menos três senadores cancelaram sua ida à reunião da
União Interparlamentar, em
Nova York. São eles Aloizio
Mercadante (PT-SP), Heráclito Fortes (DEM-PI) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Sem pré-datado. A maior
pressão para que Renan Calheiros renuncie à presidência do Senado antes da votação em plenário do pedido de
cassação de seu mandato vem
dos petistas, que se sentiram
logrados por terem salvo o
mandato do peemedebista da
primeira vez sem que ele abdicasse do cargo na Mesa.
Viva el rei. O tucano Flexa Ribeiro (PA) apresentou na
Comissão de Relações Exteriores do Senado voto de congratulações ao rei Juan Carlos, da Espanha, por causa do
"por que não te calas?" proferido por ele ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, durante reunião da Cúpula Ibero-Americana, no Chile.
Socorro 1. Integrantes da
direção do PSDB pretendem
colocar em pauta na reunião
da Executiva do partido, na
terça-feira, uma forma de intervir na crise política pela
qual passa o governo de Yeda
Crusius no Rio Grande do Sul.
Socorro 2. Além enfrentar
oposição até do DEM, aliado
histórico, a governadora tucana sofre com a falta de estrutura de seu partido no Estado,
o que tinha ficado claro no início do ano por causa da ausência de nomes para a formação
de seu instável secretariado.
Natal colorido. Depois do
Papai Noel azul inventado nos
anos Joaquim Roriz (PMDB)
para se contrapor ao vermelho do PT, Brasília vive agora
um Natal verde. A cor aparece
na propaganda de obras da
gestão José Roberto Arruda
(DEM) e, não por acaso, foi escolhida para a decoração de
um shopping de Paulo Octávio, seu vice e correligionário.
Idéia no papel. Além de
tentar emplacar obras para
aplacar o problema da falta de
creches via PPPs até o ano que
vem, o prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab (DEM), que
busca reeleição, planeja usar o
mesmo modelo para a criação
de parques industriais em zonas periféricas da cidade.
Diluído. Opositores do prefeito João Paulo não se entendem em Recife. São cinco os
nomes que se apresentam como alternativa ao PT local.
Tiroteio
"Não se trata de expurgo, e sim de tentar
manter a pluralidade. Afinal, o Ipea do Rio
é praticamente monolítico no que se refere
a pensamento econômico conservador."
Do economista AMIR KHAIR, secretário de Finanças na gestão Luiza
Erundina (1988-1992), sobre o afastamento do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada de pesquisadores não-alinhados ao governo.
Contraponto
Fichados
Prefeito de Americana entre 1968 e 1972, o empresário
Abdo Najar, filiado ao então MDB, era conhecido por pegar no pé dos funcionários desse município paulista. Num
dia em que circulava pela cidade, viu um grupo de homens dormindo num caminhão que julgou ser da prefeitura. Rapidamente, acordou todo mundo:
-Vão lá me visitar. Tenho uma surpresa para vocês.
A turma foi recebida com um aviso à queima-roupa:
-Já para o Departamento Pessoal. Estão demitidos!
-Mas nós nem trabalhamos para prefeitura...
-Ah, é? Então passa lá do mesmo jeito, para ficar registrado que na prefeitura vocês não vão trabalhar nunca!
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