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Petistas definem "agenda positiva"
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, os líderes
do PT no Congresso e os integrantes do partido em CPIs reuniram-se ontem à noite para definir
estratégias que possibilitem uma
agenda positiva para o governo.
O objetivo principal dessa articulação é identificar uma data
oportuna para a entrega dos relatórios finais das CPIs do Correios
e dos Bingos com base na construção de um pacto de boa convivência com a oposição.
O encontro dos parlamentares
petistas ocorreu na casa do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh
(PT-SP). Participaram, entre outros, os líderes Aloizio Mercadante (PT-SP), do Senado, e Henrique Fontana (PT-RS), da Câmara.
"Precisamos propor uma data
razoável para a conclusão das
CPIs", disse Fontana. "É necessário um pacto para a definição de
quais são os objetivos de todos
para o encerramento das investigações", concluiu o parlamentar.
O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) e a senadora Ideli
Salvatti (PT-SC), ambos integrantes da CPI dos Correios, fizeram
relatos sobre o andamento das comissões. Ideli também é suplente
da CPI dos Bingos.
"Agenda positiva"
A boa convivência com a oposição é uma preocupação que o ministro Jaques Wagner já vem demonstrando desde a semana passada, quando se reuniu com Fontana no Palácio do Planalto.
A proposta de "agenda positiva" se dará também pela votação
de matérias que tenham interesse
comum entre o governo e a oposição. "É importante criar um clima
para que essa convocação extraordinária não acabe em frustração", afirmou.
A instituição da CPI das Privatizações, que investigará o período
de 1990 a 2002, até foi abordada na
reunião, mas não mereceu destaque. Até o momento, os petistas
não têm disposição de usar a comissão como palanque contra
PSDB e PFL.
"Agora, se a lógica deles [PSDB
e PFL] for a de ficar inventando
qualquer investigação como
ocorre na CPI dos Bingos, podemos seguir nesses embates políticos por mais dois anos", disse.
Reeleição
Sobre os rumores de que Antonio Palocci poderia vir a coordenar a campanha presidencial de
Lula em 2006, Jaques Wagner disse ontem que o ministro da Fazenda ficou "surpreso" com a notícia em circulação.
"Ele disse que não sabe de onde
tiraram isso". Para Wagner, os rumores "não têm lastro", já que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nem anunciou sua decisão sobre se será candidato à reeleição ou não.
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