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Painel
VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br
Sob pressão
Na segunda-feira, quando Lula estiver apresentando seu Plano de Aceleração do Crescimento, centrais
sindicais estarão reunidas para traçar uma agenda de
mobilizações contra a estagnação econômica. CUT e
Força Sindical planejam vários atos pelo país, que servirão como preparação para uma grande manifestação em Brasília, prevista para daqui a três meses.
Os sindicalistas já negociaram apoios da Fiesp, da
Bovespa e da Federação do Comércio de São Paulo. A
idéia do grupo é criar uma frente pró-desenvolvimento para atacar os juros altos nos moldes daquela que
derrubou, há dois anos, a medida provisória 232, que
aumentava impostos para prestadores de serviços.
Inflação 1. A candidatura
de Gustavo Fruet (PSDB) fez
subir o preço que os aliados
cobram pelo apoio a Arlindo
Chinaglia (PT-SP). O PR (ex-PL), que se contentava em recuperar os Transportes, agora
quer também indicar o Dnit
nos 27 Estados. Terá de bater
de frente com o PMDB.
Inflação 2. Já o PP quer,
além de manter Cidades, reaver espaço que já teve na Anvisa, no IRB e no Ministério
da Saúde. E espera ampliar a
participação na Petrobras,
onde tem uma diretoria. "Os
petistas querem evitar um segundo turno e dependem de
nós", diz um aliado.
Anos rebeldes. Minutos
após receber o apoio do PP,
sucessor da Arena, Chinaglia
deu entrevista lembrando que
combateu a ditadura quando
estudante, nos anos 70.
O tema é... Paulo Maluf
(SP) entrou mudo e saiu calado da reunião em que o PP declarou apoio a Chinaglia. Só
queria falar sobre o acidente
no metrô de São Paulo.
Blefe. O PT ameaça tirar do
PSDB a primeira vice da Câmara, por conta do acordo
rompido. Cheira a bravata: de
qualquer modo, Chinaglia
precisará dos tucanos num
eventual segundo turno.
Inércia. Apesar do vaivém
do PSDB na disputa da Câmara, os tucanos paulistas se dizem tranqüilos quanto à eleição na Assembléia. Duvidam
que o PT abra mão da primeira secretaria, segundo cargo
em importância na Casa.
Pauta quente. Comunista
como Aldo Rebelo (SP), Jandira Feghali (RJ) terá programa de entrevistas na Rede
TV! quando deixar a Câmara.
A convidada de estréia é Dilma Rousseff, que pediu a Aldo
que desistisse da disputa.
Às armas. O PT marcou
para o próximo dia 30 a reunião da sua Executiva Nacional. Um dos pontos de pauta é
a "relação com o governo"
-ou seja, a estratégia para resistir à despetização dos ministérios. O partido está mapeando os cargos federais.
Bye-bye. Lula terá encontro
a sós com Tony Blair durante
no Fórum Econômico Mundial, em Davos. E deve ser o
último: o primeiro-ministro
britânico anunciou que deixará o cargo no meio do ano.
Carona. O avião que levará a
equipe precursora da viagem
de Lula a Davos fará uma "escala" em Nairóbi, no Quênia,
para deixar Luiz Dulci (Secretaria-Geral), que representará o Brasil no Fórum Social. A
viagem à Suíça, que leva 12 horas, durará mais de 30.
Secundária. Para tirar
qualquer dúvida sobre a importância que Lula dá à Alca
(Área de Livre de Comércio
das Américas): o departamento que cuida do tema no Itamaraty, que já teve cinco diplomatas, agora conta com
apenas dois funcionários administrativos trabalhando.
Prioridades. Tarso Genro
deu chá de cadeira no presidente mundial da Telefônica,
César Alieto, ontem no Planalto. Enquanto o executivo
esperava, o ministro das Relações Institucionais participava da homenagem ao Inter de
Porto Alegre, seu time.
Tiroteio
"Alguns esqueceram que, quando se está no
governo, é preciso ser mais ministro e menos PT".
Do deputado BETO ALBUQUERQUE (PSB-RS) sobre o pedido da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para que Aldo Rebelo (PC do B-SP) desista de disputar a presidência da Câmara.
Contraponto
Big Brother
Em maio do ano passado, os principais caciques do
PMDB se reuniram no Senado para discutir a viabilidade
de lançar candidatura própria à Presidência da República.
Semanas antes, uma reunião do partido quase terminara em pancadaria. Prevendo tumulto, o presidente do partido, Michel Temer (SP), anunciou a jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos:
-Vocês terão de sair, pois a reunião será fechada.
Alguns minutos depois do início, um assessor do partido recebeu um telefonema de um funcionário do Senado:
-Se a reunião é fechada, tem de avisar a TV Senado.
Está passando toda a briga ao vivo no circuito interno!
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