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Desemprego dobra, diz texto
da Sucursal de Brasília
Levantamento apresentado ontem pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) durante o lançamento da Campanha da
Fraternidade 1999 indica que a taxa de desemprego no país mais que
dobrou desde 1994, quando o governo lançou o Plano Real. Passou
de 3,42% para 7%, em 98.
Os dados, extraídos do IBGE
(Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), se referem
ao emprego formal e informal nas
principais regiões metropolitanas.
Segundo o texto-base da campanha, 755.379 empregos formais
(com carteira assinada) foram eliminados nos dois primeiros anos
do plano, desde a implantação em
1º de julho de 94 até o fim de 96.
O padre Luiz Bassegio, assessor
da Pastoral Social da CNBB, disse
que é falsa a idéia de que o desemprego pode ser combatido com a
flexibilização da legislação trabalhista. "Os países que mais cortaram direitos dos trabalhadores,
como a Espanha e a Argentina,
apresentam hoje as maiores taxas
de desemprego do mundo", disse.
De acordo com a CNBB, o setor
financeiro foi o mais afetado, com
a eliminação de 147.233 postos de
trabalho. O setor industrial perdeu
16% dos trabalhadores. A indústria automobilística poderá reduzir seus empregos em 30% até
2000. No campo, só em 97, cerca de
200 mil trabalhadores rurais perderam seus empregos.
Em contrapartida, o texto-base
diz que "a produtividade aumentou em média 10,2% nos três primeiros anos do Plano Real".
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