São Paulo, domingo, 18 de março de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br Foi um prazer
Não houve luto no PMDB pela natimorta indicação
de Odílio Balbinotti ao Ministério da Agricultura. Pelo contrário. Desde a sexta-feira, a cúpula do partido,
Michel Temer à frente, trabalhava para convencer o
deputado, enrolado em processsos judiciais, a sair de
cena. O raciocínio peemedebista é simples. Dos quatro nomes da sigla até agora selecionados para a Esplanada, apenas Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) é um "orgânico". José Temporão (Saúde) foi
imposto por Lula e Balbinotti, com curta trajetória no
partido, tinha mais relação com o governador Blairo
Maggi (PR-MT) do que com Temer & cia. O partido
espera que a encrenca toda lhe abra uma janela de
oportunidade para instalar na Agricultura um legítimo representante da bancada na Câmara. Veja você. Em conversa recente com um governador aliado, Lula observou que o PT, tão cheio de apetite em outras áreas, não demonstra o menor interesse por cargos nas pastas criadas para cuidar de causas historicamente ligadas à sigla, como as secretarias de Igualdade Racial e de Política para as Mulheres. Estica-e-puxa. Para agüentar o tranco de tantas responsabilidades na Casa Civil, a ministra Dilma Rousseff resolveu alongar e reforçar a musculatura. Tornou-se uma praticante de Pilates. Exuberância. Vitaminado pelas boas relações de Lula com o governador Sérgio Cabral, o PMDB do Rio de Janeiro espera acomodar na administração federal mais dois de seus representantes: Luiz Paulo Conde em Furnas e Moreira Franco em um dos braços da Petrobras.
Trégua. Convencidos de
que infelizmente terão de
permanecer sob o mesmo teto, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o ministro
do partido, Walfrido dos Mares Guia, resolveram dar um
tempo na troca de tiros. Uma
coisa assim meio Michel Temer-Renan Calheiros. No mercado. O nome de Bucci, recém-eleito conselheiro da Fundação Padre Anchieta, chegou a ser cogitado para comandar a FPA, que administra a TV Cultura de São Paulo. Mas não vai rolar. O governo do Estado ainda procura alguém para o posto. Pré-requisito. Se Geraldo Alckmin quiser ser candidato em 2008, ninguém conseguirá impedi-lo, dado o "recall" da eleição de 2006. Mas, caso resolva fazê-lo sem costurar um bom acordo com Gilberto Kassab, o tucano enfrentará, além de Marta Suplicy, a máquina da prefeitura trabalhando contra ele. A relação Alckmin-Kassab é péssima. In pectore. Quem ouve Cesar Maia rasgar elogios ao economista Sergio Besserman Vianna, ex-presidente do IBGE, sai com a impressão de que o prefeito do Rio de Janeiro teve uma idéia a respeito de sua sucessão. Longo prazo. Embora o nome de Eduardo Campos (PSB) vira-e-mexe apareça nas especulações sobre 2010, amigos afirmam que, aos 41 anos, o plano de vôo do governador de Pernambuco é outro: ser vice de Lula em 2014 e cabeça de chapa em 2018.
Em família. A Câmara
prorrogou por três anos o
contrato de concessão de sua
rede de lanchonetes. A concessionária é sobrinha de Sebastião Buani, que deixou o
restaurante da Câmara depois
de revelar que pagava mensalinho a Severino Cavalcanti. Do senador HERÁCLITO FORTES (PFL-PI) sobre Lula, que, ao anunciar a permanência de Fernando Haddad e a entrada de José Temporão no ministério, disse que com Educação e Saúde "não se brinca". Contraponto Conselho de pai
Na quinta-feira, véspera de sua transferência do Ministério das Relações Institucionais para o da Justiça, Tarso
Genro recebeu jornalistas para uma série de entrevistas. |
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