São Paulo, domingo, 18 de março de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Filho de peemedebista nega uso de laranja e afirma que empregados eram parceiros

DA AGÊNCIA FOLHA EM RONDONÓPOLIS

O empresário Odílio Balbinotti Filho nega que seu pai, Odílio Balbinotti, tenha usado funcionários como laranjas para obter empréstimo no Banco do Brasil. Ele diz que os empregados assinaram um contrato de parceria para produção de soja na fazenda Adriana, a principal propriedade de Balbinotti, atualmente avaliada em R$ 20 milhões. O contrato foi de R$ 2,6 milhões à época. "Alguns são humildes e não sabiam que o contrato fazia com que eles assumissem solidariamente a dívida no banco", afirmou.
Balbinotti Filho disse que as cópias do contrato de parceria, assinado em 1996, e a rescisão do acordo, ocorrida em 2004, estão no inquérito sigiloso do STF (Supremo Tribunal Federal ). Ele disse que consultaria o advogado para saber se poderia fornecer cópia à reportagem.
Segundo o empresário, em 18 de maio de 2004, a dívida foi saldada no Banco do Brasil. O saldo devedor era então de R$ 1,23 milhão. "Em 2003 voltei para a empresa e fiz auditoria em todos os contratos", disse. Segundo ele, já em 2003 o ex-funcionário Sidiney Rodrigues da Silva havia procurado a polícia após saber que era devedor.
Balbinotti Filho diz que Rodrigues Silva "era humilde" e não sabia que assumiria a dívida no Banco do Brasil. Ele afirma, porém, que, pelo contrato, caberia apenas a seu pai saldar a dívida.
Após ser comunicado da situação de Rodrigues Silva, o empresário diz que mandou rescindir o contrato e quitar a dívida, embora o prazo fosse para 2025.
Ainda de acordo com a versão do empresário, o contrato de parceria beneficia a empresa Sementes Adriana, que explora a atividade na fazenda, porque "estimula o funcionário a aumentar a produção". Ele diz que mesmo um segurança, caso de Gilson da Silva, pode assinar um contrato de parceria desde que atuasse na produção na fazenda. Mas não soube dizer as funções dos funcionários na época do contrato.
Sobre as razões de Silva, Rodrigues Silva e José Antônio Diniz afirmarem que não sabiam sobre o contrato de financiamento, o empresário diz se tratar de uma questão política. "Os interesses são grandes", afirmou.


Texto Anterior: Ex-funcionários se dizem usados pelo deputado Balbinotti
Próximo Texto: Janio de Freitas: Salada com laranja
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.