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Filho de peemedebista nega uso de laranja e afirma que empregados eram parceiros
DA AGÊNCIA FOLHA EM RONDONÓPOLIS
O empresário Odílio Balbinotti Filho nega que seu pai,
Odílio Balbinotti, tenha usado
funcionários como laranjas para obter empréstimo no Banco
do Brasil. Ele diz que os empregados assinaram um contrato
de parceria para produção de
soja na fazenda Adriana, a principal propriedade de Balbinotti, atualmente avaliada em R$
20 milhões. O contrato foi de
R$ 2,6 milhões à época. "Alguns
são humildes e não sabiam que
o contrato fazia com que eles
assumissem solidariamente a
dívida no banco", afirmou.
Balbinotti Filho disse que as
cópias do contrato de parceria,
assinado em 1996, e a rescisão
do acordo, ocorrida em 2004,
estão no inquérito sigiloso do
STF (Supremo Tribunal Federal ). Ele disse que consultaria o
advogado para saber se poderia
fornecer cópia à reportagem.
Segundo o empresário, em 18
de maio de 2004, a dívida foi
saldada no Banco do Brasil. O
saldo devedor era então de R$
1,23 milhão. "Em 2003 voltei
para a empresa e fiz auditoria
em todos os contratos", disse.
Segundo ele, já em 2003 o ex-funcionário Sidiney Rodrigues
da Silva havia procurado a polícia após saber que era devedor.
Balbinotti Filho diz que Rodrigues Silva "era humilde" e
não sabia que assumiria a dívida no Banco do Brasil. Ele afirma, porém, que, pelo contrato,
caberia apenas a seu pai saldar
a dívida.
Após ser comunicado da situação de Rodrigues Silva, o
empresário diz que mandou
rescindir o contrato e quitar a
dívida, embora o prazo fosse
para 2025.
Ainda de acordo com a versão do empresário, o contrato
de parceria beneficia a empresa
Sementes Adriana, que explora
a atividade na fazenda, porque
"estimula o funcionário a aumentar a produção". Ele diz
que mesmo um segurança, caso
de Gilson da Silva, pode assinar
um contrato de parceria desde
que atuasse na produção na fazenda. Mas não soube dizer as
funções dos funcionários na
época do contrato.
Sobre as razões de Silva, Rodrigues Silva e José Antônio
Diniz afirmarem que não sabiam sobre o contrato de financiamento, o empresário diz se
tratar de uma questão política.
"Os interesses são grandes",
afirmou.
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