|
Próximo Texto | Índice
Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
"A cidade é nossa"
A bancada do PSDB na Câmara paulistana divulga
hoje uma carta defendendo a aliança em torno da reeleição de Gilberto Kassab (DEM) e apontando os "êxitos" da parceria do prefeito com seu antecessor, o governador tucano José Serra. O título do manifesto dos
vereadores é um balde de água fria lançado sobre a
candidatura do correligionário Geraldo Alckmin: "A
cidade é nossa, há 40 meses. Hoje, prefeitura e Estado
dialogam e agem pelo bem da cidade".
"Escrevi embalado pela solicitação da imensa maioria da bancada", diz o líder, Gilberto Natalini. A reunião semanal dos vereadores, hoje, será realizada no
diretório municipal do PSDB e deverá ter a presença
do secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo.
Tô fora. Dos 12 vereadores
do PSDB, 9 deram aval ao texto. Tião Farias, pró-Alckmin,
tem evitado as reuniões da
bancada sobre a eleição.
É grave, doutor? Natalini se reuniu com Alckmin na
sexta. Após meia hora de conversa sobre acupuntura -ambos são médicos-, o vereador
ouviu o curto diagnóstico do
ex-governador: "A campanha
dura só 90 dias. Não vai atrapalhar a governabilidade".
Bumbo. Lula visitará obras
do PAC em Belo Horizonte no
dia 3 de abril. A data, acertada
com Fernando Pimentel, não
é fortuita. Segue-se ao fim de
semana no qual o PT local fará
um encontro que, tudo indica,
pavimentará o caminho para
a aliança com o PSDB, em torno de um candidato do PSB,
na eleição de outubro. O acordo é costurado pelo prefeito
com a bênção do presidente.
Lá e cá. De Pimentel, defendendo a aliança: "O desenho que fizemos em Belo Horizonte não colide com o desenho nacional". Traduzindo:
como é que o PT vai vetar
apoio a um candidato de uma
sigla da base aliada de Lula?
Angels. Com a vitória de
Maria do Rosário na prévia
para escolher o candidato do
PT em Porto Alegre, a cédula
na capital gaúcha terá um time de deputadas federais formado, além da petista, por
Manuela D'Ávila (PC do B) e
Luciana Genro (PSOL).
Misturinha. O vice dos sonhos de Rosário é José Fortunati, pré-candidato pelo PDT.
Também quero 1. Enquanto seus líderes vociferam
contra o caráter eleitoreiro
das viagens de Lula, parlamentares do PSDB e do DEM
pedem ao palácio uma chance
de dividir o palanque com o
presidente em inaugurações
do PAC. Alguns são candidatos em outubro. Outros simplesmente querem ficar bem
na foto em suas bases.
Também quero 1. É tal a
demanda por carona nessas
viagens que, no Planalto, já se
discute realizá-las apenas às
segundas e sextas. Para não
esvaziar demais o Congresso.
Funil. O vereador Auriel
Brito, ligado à família Tatto,
retirou-se da disputa pela vaga do PT na sucessão do também petista Elói Pietá em
Guarulhos, na Grande SP. Vai
apoiar o deputado Sebastião
Almeida contra a candidata
do prefeito, Eneide Moreira.
Do avesso 1. O relator da
MP que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas estradas,
Hugo Leal (PSC-RJ), fará mudanças radicais no texto. Vai
trabalhar em sintonia com a
Frente Parlamentar do Trânsito, da qual é vice-presidente.
Quer aproveitar a MP para
mudar o Código de Trânsito.
Do avesso 2. A proibição
de venda pode simplesmente
cair. Argumento: já que o governo admite rever o veto para áreas urbanas, ele perde o
sentido. "Não é na comercialização que residem os males",
diz o presidente da frente, Beto Albuquerque (PSB-RS).
Memória. Será lançado hoje às 18h30, no Memorial da
América Latina, em São Paulo, o livro "O Legado de Franco Montoro", com depoimentos organizados por José Augusto Guilhon Albuquerque.
Tiroteio
"Ainda bem que em Porto Alegre temos
a Lei da Fila, para não permitir que
ninguém fique muito tempo esperando."
De MARIA DO ROSÁRIO, vencedora da prévia que escolheu o candidato
do PT à prefeitura da capital gaúcha, respondendo em tom bem-humorado a Dilma Rousseff, que, ao defender o candidato adversário, disse que há "fila na política" e que a deputada deveria "esperar sua hora".
Contraponto
Onde os fracos não têm vez
Na concorrida festa de aniversário do Ministério do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias discursou por quase uma hora. Sentado bem à frente no auditório, Luiz
Dulci (Secretaria Geral da Presidência), petista e mineiro
como Patrus, não resistiu e cochilou por alguns instantes.
Acomodados no palco, o governador do Ceará, Cid Gomes, e o prefeito de Manaus, Serafim Corrêa, ambos do
PSB, divertiam-se com a sonolência do ministro.
Quando, momentos depois, Cid foi fazer novo comentário com o vizinho, constatou que agora era Serafim quem
cerrava as pestanas. Deu-lhe um cutucão:
-Resista, companheiro! Resista!
Próximo Texto: Bolsa Família cresce e alcança 1,7 mi de potenciais eleitores Índice
|