São Paulo, quarta-feira, 18 de março de 2009 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br Caos de novo
O telejornal local da Globo até mudou de assunto, mas precisou voltar ao temporal, que descreveu de início como restrito a esta ou aquela região, mas que acabou tomando São Paulo. Pela Record, no horário, o "caos" trazia o Anhangabaú inundado, crianças de rua nadando, "pessoas arrastadas". A cobertura se repetiu por "Jornal Nacional" e "Jornal da Record". Apesar da audiência com a morte de Clodovil, o "caos" ocupou também as manchetes de sites como a Folha Online.
PASSOU NO TESTE O "WSJ" fez a entrevista e o "Valor" deu a tradução com o economista Jim O’Neill, para quem, no enunciado, "o Brasil justificou o status de Bric" e "passou no teste" da crise: "A moeda enfraqueceu, a Bovespa enfraqueceu, mas, diferente de crises passadas, não foi preciso elevar juros para conter a saída de capital, o que é um sinal poderoso." RESISTÊNCIA, MAS... Também o RGE Monitor estava no evento. Thomas J. Trebat, de Columbia, postou suas longas "reflexões sobre a visita de Lula", apontando a "resistência marcante da economia no meio da crise". Mas também registrando que a provável mudança no "momentum" de crescimento é "especialmente alarmante" pela pobreza no Brasil. VITÓRIA BRIC?
BARACK & LULA O "El País" deu o editorial "Me chame de Barack", que o UOL já traduziu, em que o jornal espanhol registra o tom pessoal adotado por ambos, "Eu Barack, você Lula". Mas saúda sobretudo que Obama não cedeu à pretensão lulista de abertura maior a Cuba. AINDA A CADEIRA A Reuters despachou da ONU, em Nova York, que países em desenvolvimento se uniram a europeus contra o poder de veto das cinco potências do Conselho de Segurança. Ao fundo, avisa, acontecem as negociações para ampliar o organismo. CHINA VAI ÀS COMPRAS Enquanto fundos ocidentais como Schroders soltam avaliações de que a China "é o Bric mais bem situado para emergir da crise", o "Washington Post" alerta, em longa reportagem publicada ontem, que "as empresas chinesas estão em uma farra de compras neste último mês, levando bens chaves no Irã, Brasil, Rússia, Venezuela, Austrália e França, no valor de bilhões de dólares". Concentra-se a China em petróleo e minerais. Aqui, o destaque é o acordo fechado com a Petrobras, em troca do petróleo de Tupi. AS ESCRAVAS DO BRASIL
De Barcelona, o "El País" destacou a queda da "rede albanesa que comprava mulheres, por exemplo, no Brasil". Sites daqui, a começar da BBC Brasil, detalharam que elas eram "prostituídas e depois revendidas a prostíbulos de outros países" da Europa. Segundo policial, "eles nunca viajavam ao Brasil, só encomendavam as mulheres que queriam". E lá elas eram "tratadas como animais". WE’RE ALL CRIMINALS "Sun", "Evening Standard" e outros jornais londrinos noticiaram e agências já repercutem o lançamento de uma nova canção pop, "We’re All Criminals Now", somos todos criminosos agora, em que a dupla Pet Shop Boys reconta como teria acontecido o assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes pela polícia inglesa, em 2005. Abre pelo verso "Esperando pelo ônibus em Stockwell". Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Câmara 2: Edmar é alvo de novo inquérito no Supremo Próximo Texto: Após decisão do STF, Raposa terá batalha por indenização Índice |
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