São Paulo, quinta-feira, 18 de março de 2010

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Até deixar governo, Dilma ficará menos de 4 dias em Brasília

Ministra intensifica viagens em suas duas últimas semanas; 15 ministros sairão dos cargos no dia 31

SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) vai "colar" no presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas próximas duas semanas para aparecer, ainda no cargo, ao lado dele no maior número possível de viagens e eventos.
Até 2 de abril, fim do prazo para se desincompatibilizar, ela ficará três dias e meio em Brasília, sendo que em um deles (29), lançará o PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos de 2011 a 2015, mas que servirá para promover sua campanha.
No dia 31, irá a Contagem (MG) com Lula para inaugurar obras e à tarde participará de evento de sua exoneração e da de outros ministros. As viagens, em sua maioria, serão para inaugurações ou vistorias de obras e assinatura de contratos do Minha Casa, Minha Vida.
Na segunda, Dilma e Lula irão a Guaraí (TO) inaugurar trecho da ferrovia Norte-Sul. Um dia depois, estarão em São Paulo e Santos para inaugurar obras do PAC e assinar contratos habitacionais. Na quinta, em Osasco, participarão de evento do PAC Saneamento.
Na sexta, irão a Itabuna (BA), para vistoriar gasoduto, e Ilhéus (BA), para assinar contratos de adesão ao "Minha Casa". Na véspera de deixar a Casa Civil, Dilma fará duas viagens estratégicas com Lula: Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No dia 30, fará vistoria de trecho gaúcho da duplicação da BR-101. Antes, irá a Salgueiro (PE) visitar a Transnordestina.
Lula comandará no dia 31 um evento de despedida dos 15 ministros que disputarão a eleição. No dia 1º, haverá ato de boas-vindas aos secretários-executivos que ocuparão as pastas. A Folha apurou que as pendências são as vagas de Reinhold Stephanes (Agricultura) e Hélio Costa (Comunicações).
Em encontro ontem com pecuaristas, em Minas, Dilma disse que a gestão Lula reduziu a pressão sobre a reforma agrária com as políticas sociais. Em dois discursos que fez ontem em Uberaba e em Monte Alegre de Minas, Dilma enalteceu sua "mineiridade", uma estratégia de campanha de Dilma. "Saí de Minas quando tinha 21, 22 anos, mas Minas não saiu do meu coração", disse.

Colaborou PAULO PEIXOTO, da Agência Folha, em Uberaba (MG)



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