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Estudantes se dividem sobre saída de dirigente da Unifesp
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A afirmação do reitor da Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo), Ulysses Fagundes
Neto, 62, que disse ter se "equivocado" ao usar o cartão corporativo para gastos pessoais, dividiu a opinião de estudantes
sobre um eventual afastamento dele do cargo.
Para uns, o gasto indevido já
é motivo suficiente para a saída
dele. Se preciso, dizem, não terão medo de invadir a reitoria.
Outros entendem que, como
Fagundes Neto devolveu todo o
dinheiro aos cofres públicos,
não há motivo para ele deixar a
administração da universidade.
A torcida parece ser bem definida na universidade. Ontem,
enquanto alunos de fonoaudiologia, biomedicina e enfermagem trocaram as salas de aula
pelo DCE (Diretório Central
dos Estudantes), onde discutiam formas de protesto e confeccionavam cartazes contra o
reitor, os estudantes de medicina permaneceram nas classes
assistindo às aulas. Ontem à
tarde, os alunos liderados pelo
DCE saíram em passeata contra o reitor.
O pensamento divergente
gera um clima de tensão na universidade. Anteontem, durante
uma manifestação contra o reitor, os dois grupos trocaram
empurrões e xingamentos.
O reitor devolveu aos cofres
públicos os R$ 85 mil que gastou com o cartão corporativo.
Disse que espera ser ressarcido,
pois está seguro de ter usado
corretamente a maior parte
desse valor.
Ontem, a Unifesp divulgou
nota informando que eventual
afastamento de Fagundes Neto
não se justifica. O reitor chamou os representantes dos alunos, professores e funcionários
para uma reunião hoje.
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