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Para empresários, falta projeto
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A avaliação dos empresários mineiros sobre a Cemig é que a estatal
mineira não tem um projeto de desenvolvimento para o Estado.
"O projeto da Cemig como empresa pública tem de ser totalmente revisto, dentro do projeto de desenvolvimento do Estado. Como
estatal, o eixo central deve ser o desenvolvimento do Estado", afirma
Stefan Salej, presidente da Fiemg
(Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais).
Segundo ele, a Cemig não cumpriu esse papel até 1998. Salej se refere ao fato de a empresa não ter
programas para reduzir custos e
atrair novos negócios, de forma a
promover o crescimento industrial e propiciar competitividade
às empresas mineiras.
"Somos favoráveis que seja privatizada, mas somos definitivamente contra se (a privatização)
for selvagem (sem a preocupação
do desenvolvimento do Estado)."
Salej diz que a empresa privada
pode ser muito eficiente na prestação do serviço público e como gestora do desenvolvimento industrial, desde que o governo crie um
órgão regulador, uma espécie de
Aneel estadual -a Aneel é o órgão
federal que fiscaliza as energéticas.
Mesmo que o governo não venda
a Cemig, a Fiemg defende a criação
desse órgão regulador estadual.
Em relação aos projetos sociais
da Cemig, Salej diz que isso é uma
questão de organização do Estado.
"É só ter as verbas específicas que
qualquer um executa", disse.
Para a Fiemg, em três meses e
meio de governo não dá para mudar a política de atuação da empresa, mas os empresários esperam
que isso ocorra em breve. Uma das
sugestões seria a Cemig trazer para
Minas todos os seus fornecedores.
Usina
A Cemig vai construir, a partir
deste ano, uma usina hidrelétrica
no Vale do Jequitinhonha, a região
mais pobre de Minas, conforme
solicitação do governador Itamar
Franco-o projeto previa o início
da obra para o ano 2000.
A usina de Irapé integra o programa de seis novas hidrelétricas a
serem construídas nos próximos
anos. Ela será instalada entre os
municípios de Berilo e Coronel
Murta, no médio Jequitinhonha. A
usina terá capacidade instalada de
390 MW (suficiente para gerar
energia para 1 milhão de habitantes) e custará R$ 400 milhões.
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