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AMAPÁ
Atitude seria retaliação política
Deputado quer que sua acusadora volte ao cargo
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
Uma semana após denunciar
um esquema de grilagem (apropriação indevida de áreas públicas) de terras no Estado, a superintendente do Incra do Amapá,
Maria Cristina do Rosário Almeida, foi "requisitada" a voltar a trabalhar na Assembléia Legislativa
"por necessidade de serviço" pelo
presidente da casa, o deputado
Jorge Amanajás (PSDB), um dos
principais acusados de envolvimento no suposto crime.
"É uma retaliação política que
estou sofrendo", afirmou Rosário, que havia denunciado à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal o deputado federal
Gervásio Oliveira (PMDB-AP), o
deputado estadual Eider Pena
(PDT), o juiz César Augusto Scapin, o ex-procurador de Justiça
Hernandes Lopes e empresários,
além de Amanajás.
No documento, eles são acusados de ocupar irregularmente 28
mil hectares da União para realizar um projeto particular de produção de biodiesel. Todos eles negam a acusação e afirmam que a
denúncia tem um viés político
Rosário é servidora concursada
da Assembléia, de onde recebe salário, mas ocupa desde o ano retrasado o cargo de superintendente do Incra no Amapá.
Segundo ela, a atitude visa seu
corte da folha de pagamento, pois
os deputados sabem que ela não
deixará o cargo no órgão federal.
A assessoria do Incra em Brasília, entretanto, afirma que "administrativamente não há o que fazer, pois ela é cedida pela Assembléia", mas que o caso foi levado à
Casa Civil por se tratar de uma
questão política.
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