|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.
No rádio e na TV, Dilma evita tema polêmico
Durante entrevistas, pré-candidata se esquiva de assuntos como redução de jornada de trabalho e reforma da Previdência
Petista foi a programa da CBN pela manhã e participou do popular "Ratinho" à tarde; prudência dominou tom de colocações da ex-ministra
ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, fez
uso ontem da tática de quem
quer evitar o confronto e esquivou-se de tomar posição sobre
temas espinhosos, como redução da jornada de trabalho, Previdência e a volta de um imposto, como a CPMF, para a saúde.
Em São Paulo, Dilma concedeu entrevista pela manhã à
Rádio CBN. À tarde, foi ao
"Programa do Ratinho" (SBT).
Pela manhã, afirmou que
uma reforma ampla da Previdência "apresentou armadilhas" em outros países. Ela defendeu "ajustes sistemáticos".
A prudência também dominou sua fala ao ser questionada
se era a favor da redução da jornada de trabalho para 40 horas
semanais. Dilma disse que a decisão não cabe ao governo federal, mas deve ser discutida entre movimento sindical e empresários. Chegou a dizer que o
governo "impor uma política" é
"voltar à década de 30".
"Eu não posso apoiar nem
não apoiar porque eu não acredito que isso seja matéria governamental", disse a petista.
Ao falar da saúde, Dilma lamentou a perda de cerca de R$ 40 milhões em recursos para a área que provinham da
CPMF -imposto extinto pelo
Congresso-, mas negou que
proporia a volta da cobrança.
Ao ser questionada se era
possível aumentar a verba da
saúde sem aumentar a carga
tributária, disse: "A gente deve
tentar, não sei se é possível".
À tarde, entretanto, ao falar
para o público popular do "Programa do Ratinho", comprometeu-se, se eleita, a simplificar impostos, reduzir a carga
tributária sobre energia, remédios e alimentos, além de eliminar tributos da folha de pagamento, um incentivo a criação
de empregos e investimentos.
Pela manhã, a candidata rebateu a afirmação do principal
adversário, o tucano José Serra,
de que o PT "aparelhou" o governo. "Aqui em São Paulo, o
presidente da Agência de
Transportes é um deputado federal do PSDB [o ex-deputado
Sampaio Dória]. Nem por isso
significa que a agência está aparelhada", disse.
Ratinho brincou com o novo
corte de cabelo de Dilma. Disse
que o cabeleireiro "consertou"
o cabelo da ex-ministra. O programa foi ao ar ontem à noite.
"Esse cabelo bonito da senhora que não tava tão bonito
assim? É aquele japonês chato
lá do salão? Eu conheço ele. Ele
que consertou esse cabelo. Esse
cabelo ficou muito mais bonito", disse o apresentador.
Texto Anterior: Presidente 40/Eleições 2010: Sensus aponta empate entre Dilma e Serra Próximo Texto: Comparação: Pré-candidata admite ter usado dado incerto sobre PF Índice
|