DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antes de se tornar juiz do trabalho, há 11 anos, Grijalbo Coutinho, 38, foi filiado ao PT por dois anos e simpatizante da Convergência Socialista, tendência de esquerda ligada ao trotskismo e hoje vinculada ao PSTU. Disse ser eleitor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde 89, primeira vez em que ele concorreu ao Planalto.
Coutinho assumiu a presidência da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) há três semanas, mas já fazia parte da diretoria da entidade. Há um ano está licenciado para se dedicar exclusivamente à atuação política. Afirmou que as duas funções são incompatíveis.
Ele tem salário bruto de R$ 12 mil. Se a emenda constitucional da reforma previdenciária for aprovada sem alterações, perderá a aposentadoria integral e a paridade de reajuste com o salário do ativo.
Cearense de Novo Oriente, cidade do sertão com 4.000 habitantes, Coutinho é casado e tem três filhos. Nos 11 anos da carreira de juiz do trabalho, trabalhou em Tocantins e em Brasília. A militância no PT ocorreu no tempo de estudante secundarista. Juízes não podem ser filiados a partidos.


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