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REGIME MILITAR
Orçamento, de R$ 3 mi, não é suficiente
Governo de São Paulo não paga indenizações a ex-presos políticos
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador Geraldo Alckmin
(PSDB-SP) não fez nenhum pagamento a ex-presos políticos que
conseguiram neste ano direito a
indenização do governo por sequelas físicas e morais provocadas por torturas durante o regime
militar. O Orçamento do governo
deste ano prevê R$ 3 milhões.
Hoje, cerca de 600 pessoas têm
direito a indenização do Estado.
Outras mil reivindicam o pagamento, amparadas por uma lei
criada em 2000. Os valores variam
entre R$ 22 mil e R$ 39 mil.
As únicas 29 indenizações pagas
em 2003 se referem a processos
aprovados ainda no ano passado
(de um total de 144).
Em resposta a um requerimento do deputado estadual Renato
Simões (PT), o diretor da Divisão
de Finanças da Secretaria de Estado de Justiça, Elnatan Ferreira de
Oliveira, informou que a "dotação orçamentária desta pasta [Secretaria de Justiça] é insuficiente
para atender a todas as despesas
contratuais, inviabilizando, assim, o remanejamento de recursos orçamentários para atender
aos ex-presos políticos".
O secretário de Justiça, Alexandre de Moraes, disse que houve
um "equívoco" do funcionário e
que há R$ 3 milhões a serem gastos com as indenizações neste
ano. E que "cerca de 200 pessoas"
deverão ser indenizadas em 2003.
Como há 743 processos aprovados e 140 já pagos, pelo menos 390
pessoas deixarão de ser atendidas.
A elas deverão se somar centenas de outras. Houve 1.700 pedidos -743 já foram aprovados e o
restante está sob análise. O secretário reconheceu que os R$ 3 milhões são insuficientes para as 200
pessoas apontadas agora como
meta de 2003. "Pediremos suplementação orçamentária", prometeu. Ele atribuiu à "burocracia" o
não-pagamento de nenhuma indenização aprovada em 2003.
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