São Paulo, sexta-feira, 18 de junho de 2004

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PAINEL

Com a palavra
Lula estuda fazer pronunciamento na TV sobre a derrota de seu salário mínimo no Senado.

Xeque mate 1
O malogrado parto do salário mínimo deixou claro que José Sarney pode não ter maioria no PMDB, mas, sem ele, o governo e o líder da sigla no Senado, Renan Calheiros, não conseguem construir maioria na Casa.

Xeque mate 2
As maiorias reunidas pelo governo no Senado sempre precisaram do PSDB e do PFL. Ainda assim, a reforma da Previdência passou por exíguos oito votos.

Estouro da boiada
No fim da tarde, quando Aloizio Mercadante disse a Lula que a batalha estava perdida, previa-se estrago menor. O telefonema foi a senha para que os últimos indecisos saíssem do armário.

Ida e volta
"Vencemos na casa do adversário", disse Renan Calheiros ao implodir a emenda da reeleição na Câmara de João Paulo Cunha. "E agora perderam em casa", completou ontem o tucano Eduardo Siqueira Campos.

Protetor auditivo
Cada um dos 81 senadores ganhará um terminal de tela plana no plenário para acompanhar a ordem do dia. Eles esperam agora que a modernização também chegue à estridente campainha que os chama na hora de votar.

Termômetro 1
Segundo pesquisa encomendada pela Secom, a avaliação positiva do governo Lula avançou de 29% para 32% entre abril e o início de junho. A regular manteve-se em 46%. A negativa recuou de 24% para 21%.

Termômetro 2
De acordo com o mesmo levantamento, 37% dos entrevistados prevêem que a corrupção será maior no próximo ano; 24% pensam o contrário.

Conteúdo selado
Relatório da comissão de ética do PP paulistano a ser encaminhado às executivas estadual e nacional do partido na próxima semana, às vésperas da convenção da sigla, no dia 27 de junho, dará parecer contrário à pré-candidatura de Paulo Maluf à Prefeitura de São Paulo.

Na mesma
Números à disposição do PP de Paulo Maluf situam o ex-prefeito no mesmo patamar de intenção de voto da petista Marta Suplicy na disputa pela prefeitura paulistana. À frente de ambos, o tucano José Serra.

Fazendo água
Vitoriosa nas últimas quatro eleições em Porto Alegre, a Frente Popular, encabeçada pelo PT, está se esfacelando. Depois das defecções do PSB e do PV, o PC do B, insatisfeito por não ter indicado o vice de Raul Pont, ameaça deixa a aliança.

Racha de vices
O vice-presidente José Alencar e o vice-governador mineiro, Clésio Andrade, ambos do PL, estão em lados opostos em BH. O primeiro quer ver a sigla com Fernando Pimentel (PT). O outro, com João Leite (PSB).

O filho é teu
Sob pressão de 300 e-mails diários de protesto, o presidente da Assembléia do Paraná decidiu arquivar projeto do líder do PMDB na Casa que eleva de R$ 5.400 para R$ 14 mil os salários dos secretários de Roberto Requião. Só ressuscita o tema se o governador assumir a iniciativa.

Visitas à Folha
Matilde Ribeiro, ministra da Secretaria Especial para Políticas de Promoção da Igualdade Racial, visitou ontem a Folha, onde foi recebida em almoço. Estava acompanhada de Cláudio Eugenio, assessor de comunicação, e de Douglas Martins, assessor especial jurídico.
 
Cláudio Weber Abramo, diretor-executivo da Transparência Brasil, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), sobre a expressiva liberação de emendas parlamentares às vésperas da votação do salário mínimo:
-Do jeito que o governo está operando, a cada votação o déficit público irá para o espaço.

CONTRAPONTO

Anagrama eleitoral

Ao gravar ontem os novos programas televisivos de seu partido, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) resolveu ajudar na produção da peça publicitária.
Veterano de campanhas, o pré-candidato a prefeito pedia mais velocidade no teleprompter, equipamento que mostra o texto a ser lido pela pessoa que está diante da câmera.
-Vai TP, sobe TP!-dizia Maluf para a equipe de produção dos comerciais.
Os técnicos recrutados pelo marqueteiro Marcelo Teixeira já começavam dar sinais de cansaço com a insistência do ex-prefeito, que parecia decidido a ditar o ritmo da máquina.
Até que, depois de uma série de intervenções e broncas, Maluf acabou trocando as bolas:
-Vai PT, vai PT, sobe de uma vez com esse PT.
Um dos produtores não se conteve e fez a piada:
-Ih! Olha só que ato falho!


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