São Paulo, sexta-feira, 18 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TODA MÍDIA

Reforma corporativa

NELSON DE SÁ

Os dois principais jornais econômicos do exterior, "Financial Times" e "Wall Street Journal", traziam ontem reportagens nada simpáticas às empresas brasileiras. Do título do "FT", que foi traduzido e destacado também na home do UOL:
- Empresas do Brasil têm que melhorar administração.
Segundo o Instituto de Finanças Internacionais, entidade baseada em Washington (EUA), "com exceção de um punhado de empresas de nível mundial, as companhias brasileiras carecem de suficientes transparência, garantias jurídicas e controle independente para atrair investimentos". E comentou o jornal:
- Enquanto os executivos cul- pam as altas taxas de juros por muitos dos seus problemas, o relatório do instituto diz que muitos deles fazem pouco para reduzir o risco de crédito.
Para o "WSJ", o relatório mostra que "as empresas brasileiras precisam melhorar suas práticas corporativas antes que o mercado local de ações possa verdadeiramente se desenvolver".
Entre os países emergentes, o Brasil estaria na rabeira, quanto à "reforma corporativa".
Do diretor de análises econômicas do instituto, para a Reuters, em despacho reproduzido no site da "Forbes" e outros:
- Há mais confusão no Brasil do que em qualquer outro país que nós analisamos.

Diário da China

Nunca se sabe, nessa história, mas podem ser boas notícias.
A agência Bloomberg deu que o preço da soja na bolsa de Chicago "subiu depois de indicações de que a China pode retirar o banimento da maior parte das importações do Brasil". O site do "Valor" foi na mesma linha.
Uma declaração do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em Pequim, seria uma das "indicações". Ele disse, segundo a Bloomberg:
- Os dois lados podem lidar com a questão com calma e resolvê-la por meio de negociações amigáveis.

english.peopledaily.com.cn/ Reprodução
CHINA FASHION O "Diário do Povo", jornal chinês, deu reportagem e várias fotos sobre o desfile de modelos chinesas na São Paulo Fashion Week, com criações do estilista chinês Hu Xiaodan

CNN/Reprodução
CAPACETES AZUIS O Congresso argentino aprovou o envio de tropas ao Haiti, destacaram jornais locais e a CNN em espanhol. A oposição resistiu, falando em apoio a "um virtual golpe de Estado dos EUA". O ministro da Defesa apareceu na CNN para defender o envio. Além de Brasil e Argentina, segundo o "La Nacion", Chile e Uruguai enviarão tropas a pedido da ONU, "pela primeira vez na história".

Mais uma chance
O Jornal da Band entrou direto do plenário do Senado, no meio da transmissão. O Jornal Nacional esperou pelo intervalo da novela. E uma impassível Fátima Bernardes noticiou a derrota do governo registrando que ele tem "nova chance", de volta à Câmara.

De bate-pronto 1
Franklin Martins, no JN:
- O governo perdeu feio [com votos contrários do PT, PL etc.]. Algumas coisa está errada. Quem é governo ou vota com o governo ou então sai do governo.

De bate-pronto 2
Boris Casoy, na Record:
- O desgaste do governo é brutal. É uma demonstração de fraqueza da base governista. Tudo indica que o PT e o governo vão aprofundar sua crise política.

De bate-pronto 3
Ricardo Noblat, no blog:
- Nem Aldo Rebelo nem José Dirceu perderão pontos junto a Lula. Ele sabe que os dois fizeram tudo que podiam. Não quer dizer que o episódio deixará de ser usado por partidários de um e outro para desgastar um e outro.

Basta
Na reta final, ontem, João Paulo, o presidente da Câmara, deu longa entrevista ao "Correio Braziliense" e pediu que Lula dê "um basta" às disputas palacianas.

O gerente
Mas José Dirceu parecia dar atenção à nova função gerencial. Segundo Luis Nassif, na Folha, ele vai em julho conhecer as idéias do Movimento Gaúcho de Qualidade, o mesmo que "virou a cabeça de Luiz Carlos Mendonça de Barros, quando era ministro".
Mas antes, diz Nassif, é preciso "parar com essa autofagia".

Bilhete e passe
A campanha eleitoral continua. O impacto do bilhete único, em São Paulo, já provoca reação.
O governo paulista, como noticiou a rádio Bandeirantes, lançou o "metropass" e aproveitou para criticar o bilhete da prefeita.

Remédios
A Farmácia Popular também teve troco. José Serra surgiu em comercial, dizendo de sua maior bandeira eleitoral, os genéricos:
- O Brasil mudou o mercado global de produtos farmacêuticos.


Texto Anterior: PMDB lança Iris para eleição em Goiânia
Próximo Texto: Brasil profundo: Fonteles denuncia senador do PFL
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.