DA AGÊNCIA FOLHA

Dois funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) são mantidos reféns por um grupo de índios guajajara, da terra indígena Araribóia, no sul do Maranhão, há pelo menos nove dias.
Liderados por Uirauchene Alves, os índios condicionam a libertação dos funcionários ao pagamento pela Funasa de despesas no valor de R$ 71 mil, atrasado há mais de dois meses, e ao repasse dos recursos diretamente a uma associação criada pelo grupo.
Ontem, a procuradora federal Carolina da Hora Mesquita entrou em contato por telefone com Alves e exigiu dele a libertação imediata dos funcionários para que o diálogo fosse aberto. O líder disse que iria consultar os outros líderes e daria uma resposta até ontem à noite.
Os dois funcionários entram em contato diariamente com a Funasa e com suas famílias. Afirmaram que são bem tratados, segundo o coordenador da Funasa no Maranhão, Zenildo Oliveira dos Santos, que disse negociar com os índios a libertação dos reféns desde o dia 9, quando foram impedidos de deixar a reserva. Ele afirmou que a dívida será paga nos próximos dias, mas não há como atender à segunda reivindicação.
"Há um TAC [termo de ajuste de conduta] com o Ministério Público Federal e uma portaria ministerial determinando que as ações de saúde indígena sejam executadas diretamente pela Funasa", disse Santos.
(SÍLVIA FREIRE)


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