INGLATERRA - A revista inglesa "The Economist" publicou ontem, em seu site na internet, uma reportagem sobre o descontentamento de parte das forças que historicamente apóiam o PT com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora sua popularidade e seu prestígio internacional estejam altos.
A revista elogia as "medidas bem-sucedidas para restaurar as frágeis finanças do Brasil": o aperto fiscal e monetário e a tentativa de reduzir as "generosas" aposentadorias do setor público.
A reforma da Previdência é essencial, segundo a "Economist", para que o governo possa gastar mais em outras áreas, como a reforma agrária, que parece motivar uma disputa entre os "aliados de centro" do presidente e o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) em torno do volume de verbas para a a realização de assentamentos.
As ações do MST também são mencionadas. O movimento, diz a revista, suspendeu invasões em 2002 para ajudar na eleição de Lula, mas as intensificou neste ano.
"O presidente é simpático ao movimento", afirma a reportagem, mas tem que lidar com o lobby ruralista no Congresso, que tem mais de 150 deputados e ameaça não apoiar as reformas.


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