São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 2006

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PAINEL

Renata Lo Prete @ - painel@uol.com.br

Lula na Globo

Está acertada a participação de Lula nas três rodadas de entrevistas que a Rede Globo promoverá com os candidatos no primeiro turno da eleição presidencial. Na sexta-feira passada, o jornalista João Santana, responsável pela comunicação da campanha do presidente, informou à direção da emissora que o petista estará presente nas datas que lhe couberam por sorteio: 10 de agosto no "Jornal Nacional", 30 de agosto no "Jornal da Globo" e 21 de setembro no "Bom Dia Brasil". A votação será em 1º de outubro.
Por ser o presidente da República, Lula receberá os entrevistadores no Palácio da Alvorada. Os demais candidatos irão ao estúdio da Globo.

Sonífero. Não promete ser das mais animadas a abertura, amanhã em Brasília, do QG da campanha de Geraldo Alckmin, cuja reforma custou R$ 100 mil. Logo após a bênção de um padre, já começa uma rodada de reuniões.

Escolinha. Cesar Maia, espécie de Grilo Falante da chapa tucano-pefelista, dará palestra sobre pesquisas na inauguração do comitê.

Doeu. Petistas gaúchos acusaram o golpe da pesquisa que aponta Alckmin à frente de Lula no Estado. "É aqui onde mais podemos sentir o reflexo da crise política", afirma a deputada Maria do Rosário.

Vida real. Mesmo em campanha pelo irmão Osmar Dias (PDT), Álvaro Dias não assinou o pedido de impugnação da coligação dos tucanos com Roberto Requião (PMDB) no Paraná. Sem aliança com o governador, o senador, que busca a reeleição, perderia preciosos minutos de TV.

No smoking. Antonio Carlos Magalhães avisou ao afilhado Rodolpho Tourinho: não quer ver o pefelista, que busca a reeleição ao Senado pela Bahia, fumando charuto em público. ACM alega que o eleitor não gosta.

Outro lado. O candidato a vice de Heloísa Helena (PSOL), Cesar Benjamin, diz que está isolado no interior do Rio, sem fax ou internet, para redigir parte do programa de governo da presidenciável.

Hora extra. Em reunião com 18 deputados federais paulistas, Cláudio Lembo (PFL) reclamou de haver, nos presídios do Estado, 12 mil detentos (quase 10% do total) que já poderiam estar nas ruas, não fosse o Judiciário.

Água gelada. No encontro com o governador, os deputados ficaram de acalmar seus respectivos "radicais". Os petistas cuidariam de Aloizio Mercadante, e os pefelistas, de Jorge Bornhausen.

Via rápida. A CPI dos Sanguessugas tem um plano B para vazar a lista de 57 deputados investigados, caso o STF não libere a divulgação. Os nomes seriam "transferidos" do relatório da corregedoria da Câmara, que relacionou mais de cem parlamentares.

Sinuca. Em conversa recente, o ministro Gilmar Mendes disse que não libera a lista dos 15 primeiros deputados sanguessugas sob o argumento de que não haveria prova "contra no mínimo três deles".

Revide. Solto no fim de semana, o líder do MLST Bruno Maranhão ameaça processar a União por ter ficado preso em Brasília junto com condenados por crimes hediondos.

Só mais tarde. A Comissão de Ética do PT promete interrogar Maranhão, ex-dirigente do partido, mas nada será feito agora. Danilo Camargo, coordenador do grupo petista, está em férias no Chile.

Visita à Folha. José Roberto Arruda (PFL), deputado e candidato ao governo do Distrito Federal, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Mônica Torres Maia, assessora de imprensa, e de Paulo Roxo, publicitário.

Tiroteio

Depois de fugir de suas obrigações como prefeito de São Paulo, Serra agora foge da responsabilidade de assumir a política de segurança de Alckmin, que ajudou a eleger.


Do deputado estadual CÂNDIDO VACCAREZZA (PT-SP) sobre o candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra.

Contraponto

Deixa comigo

Em novembro de 2000, a associação dos funcionários do Banespa foi ao Congresso entregar abaixo-assinado em defesa de um plebiscito sobre a privatização do banco.
Pouco antes da audiência com o presidente do Senado, o grupo notou a ausência da folha de rosto que cobria as assinaturas. Procurou-se então um computador para imprimir a identificação. O único disponível era usado como servidor do gabinete. Quando um dos manifestantes se sentou para digitar, Eduardo Suplicy se aproximou:
-Olha, vocês precisam ligar o computador.
Antes que o rapaz pudesse esclarecer que ele já estava ligado -faltava apenas o monitor-, o senador apertou um botão que desativou todas as máquinas da presidência.


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