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Campanha petista vai contratar pesquisa para medir os efeitos da crise de segurança
CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
O comando da campanha de
reeleição do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva leva às
ruas, nesta semana, uma pesquisa para medir o impacto da
crise de segurança na corrida
presidencial e o ânimo do eleitorado em relação ao governo
federal. Essa será a primeira de
um pacote encomendado ao
instituto Vox Populi.
Prestes a ser fechado, o contrato prevê seis rodadas de pesquisas nacionais ao longo do
primeiro turno, além dos chamados trackings -consultas
diárias- durante o período de
exibição do horário eleitoral.
Sem precisar o valor do contrato, o coordenador de pesquisa e análise da campanha, Joaquim Soriano, afirma que esses
gastos consomem em média
5% do orçamento de um comitê
eleitoral. Para a campanha de
Lula, cerca de R$ 4 milhões.
Segundo Soriano, o propósito da pesquisa é "saber se o eleitorado nacional quer continuidade ou mudança para a Presidência da República". Pesquisas qualitativas realizadas pelo
PT teriam apontado uma preferência pela reeleição, desde
que, no segundo mandato, Lula
invista mais em empregos.
"Queremos saber se esse ânimo é nacional", explicou.
O questionário está ainda em
fase de elaboração, mas, segundo Soriano, o comando de campanha também vai aferir o efeito dessa nova crise em São Paulo sobre as candidaturas de Lula e de seu principal adversário,
Geraldo Alckmin (PSDB).
O comando da campanha
também pretende identificar a
causa da rejeição de Lula em
quatro Estados: Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná e
Mato Grosso do Sul.
Ex-radical
O PT indicou a prefeita de
Fortaleza e ex-radical, Luzianne Lins, para coordenar no
Nordeste a campanha de Lula.
Os governadores Jorge Viana
(AC) e José Orcírio, o Zeca do
PT (MS) são os coordenadores
do Norte e do Centro-Oeste,
respectivamente. Apesar do
aceno à esquerda -com a indicação de Luzianne, eleita à revelia das direções estadual e nacional- a lista dos coordenadores estaduais conta, em sua
maioria, com integrantes do
Campo Majoritário, dissolvido
após o PT ter mergulhado numa crise sob seu controle.
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