São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 2006

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Campanha petista vai contratar pesquisa para medir os efeitos da crise de segurança

CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

O comando da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva às ruas, nesta semana, uma pesquisa para medir o impacto da crise de segurança na corrida presidencial e o ânimo do eleitorado em relação ao governo federal. Essa será a primeira de um pacote encomendado ao instituto Vox Populi.
Prestes a ser fechado, o contrato prevê seis rodadas de pesquisas nacionais ao longo do primeiro turno, além dos chamados trackings -consultas diárias- durante o período de exibição do horário eleitoral.
Sem precisar o valor do contrato, o coordenador de pesquisa e análise da campanha, Joaquim Soriano, afirma que esses gastos consomem em média 5% do orçamento de um comitê eleitoral. Para a campanha de Lula, cerca de R$ 4 milhões.
Segundo Soriano, o propósito da pesquisa é "saber se o eleitorado nacional quer continuidade ou mudança para a Presidência da República". Pesquisas qualitativas realizadas pelo PT teriam apontado uma preferência pela reeleição, desde que, no segundo mandato, Lula invista mais em empregos.
"Queremos saber se esse ânimo é nacional", explicou.
O questionário está ainda em fase de elaboração, mas, segundo Soriano, o comando de campanha também vai aferir o efeito dessa nova crise em São Paulo sobre as candidaturas de Lula e de seu principal adversário, Geraldo Alckmin (PSDB).
O comando da campanha também pretende identificar a causa da rejeição de Lula em quatro Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Ex-radical
O PT indicou a prefeita de Fortaleza e ex-radical, Luzianne Lins, para coordenar no Nordeste a campanha de Lula. Os governadores Jorge Viana (AC) e José Orcírio, o Zeca do PT (MS) são os coordenadores do Norte e do Centro-Oeste, respectivamente. Apesar do aceno à esquerda -com a indicação de Luzianne, eleita à revelia das direções estadual e nacional- a lista dos coordenadores estaduais conta, em sua maioria, com integrantes do Campo Majoritário, dissolvido após o PT ter mergulhado numa crise sob seu controle.


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