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Kassab e Alckmin travam 1ª batalha no TRE
Prefeito entrou com representação contra tucano por conta de vídeos utilizados na campanha eleitoral
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Menos de duas semanas após
o início oficial da campanha,
democratas e tucanos, históricos aliados -atualmente à
frente da administração da capital paulista e também do Estado-, já travam sua primeira
batalha na Justiça Eleitoral.
Anteontem, a coligação "São
Paulo no Rumo Certo", que
tem o prefeito Gilberto Kassab
(DEM) como candidato à reeleição, entrou com representação no TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) contra a campanha
do ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB).
A argumentação foi a de que
os vídeos hospedados no site de
campanha de Alckmin estão
em links no Youtube, o que foi
proibido pela resolução do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral)
que regula a propaganda na internet neste ano.
"A propaganda só é possível
na página do próprio candidato", afirmou Francisco Octavio
de Almeida Prado Filho, um
dos advogados de Kassab.
O democrata pediu a retirada
da página de Alckmin do ar até
que se comprove a saída dos vídeos do Youtube. "Essa prática
causa desequilíbrio entre as
candidaturas", disse Prado.
A Folha encontrou no Youtube um vídeo, apresentado
por Alckmin, com realizações
de seu governo (2001-2006) e
veiculado durante o horário reservado à propaganda partidária obrigatória na TV.
A peça é a mesma disponível
no site do candidato tucano,
tanto que, até ontem à noite, na
tela do vídeo aparecia a logomarca do Youtube.
Os advogados de Alckmin
afirmaram que vão recorrer
hoje. Eles entendem que o recurso é permitido por lei. Apesar disso, a campanha prometeu retirar as peças do site até
uma decisão final.
"É estranho que a coligação
do prefeito Kassab só tenha representado contra nós, visto
que outras candidaturas fizeram o mesmo", afirmou Edson
Aparecido, coordenador da
campanha do ex-governador.
Ontem, vereadores tucanos
de São Paulo informaram ao
comando da campanha de
Alckmin que irão gravar com o
candidado, na segunda, os programas do horário eleitoral,
que começam em agosto.
Se confirmada a gravação, será um derrota para Kassab, que
até a semana passada contava
com o apoio quase unânime da
bancada tucana na Câmara.
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