São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 2000


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CASO TRT
Cartaz em que aparece a imagem de Nicolau dos Santos Neto, foragido desde 25 de abril, traz o nome "Lalau"
Ministro descarta recompensa por ex-juiz

WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, José Gregori, descartou a possibilidade de o governo recompensar por pista que leve à captura do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto. Um dos impedimentos foi a falta de previsão orçamentária para esse tipo de gasto.
"Não há absolutamente nenhuma idéia de oferecer recompensa", afirmou Gregori. A Folha apurou que chegou a ser discutida a possibilidade de oferecimento de recompensa de R$ 30 mil.
O cartaz "procura-se" de Nicolau dos Santos Neto aprovado pelo Ministério da Justiça chama o ex-juiz de "Lalau". Principal acusado do desvio de R$ 169 milhões da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo, Nicolau está foragido desde 25 de abril.
Segundo o Ministério da Justiça, o termo Lalau foi usado porque essa é a forma pela qual o ex-juiz passou a ser chamado no país inteiro. Esse "apelido" vem entre parênteses depois do seu nome completo.
O cartaz traz também um número de prefixo 0800 da Polícia Federal que vai receber denúncias sobre o paradeiro do ex-juiz. O número ainda não estava definido ontem à noite.
Segundo o Ministério da Justiça, serão confeccionados possivelmente neste fim-de-semana 50 mil cartazes coloridos com a foto do juiz, o timbre do ministério, a informação de que há dois mandados de prisão contra ele e o número de telefone.
Os cartazes serão distribuídos para as superintendências regionais da Polícia Federal em todo o país, que o fixarão preferencialmente em aeroportos, rodoviárias, bancos, agências de correios e delegacias de polícia.
Além de informações concretas a respeito do paradeiro de Nicolau, a Polícia Federal espera fechar o cerco em torno dele, forçando-o a se entregar. Argumenta-se que, se ele ainda estiver no Brasil, dificilmente ficará tranquilo com sua foto espalhada por logradouros públicos de todo o país.
Nos últimos três meses e meio, apesar de não haver cartazes, a Polícia Federal vem recebendo dezenas de informações sobre seu paradeiro, que se revelaram falsas.
Segundo o diretor-geral da PF, Agílio Monteiro Filho, houve um dia em que Nicolau, segundo "pistas" recebidas pela instituição, estava em três Estados diferentes.
A Polícia Federal pretende checar todas as informações que receber. Além de um grupo de elite que cuida do caso em São Paulo, todas as superintendências regionais estão orientadas a deslocar agentes para verificar as denúncias recebidas.


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