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CASO TRT
Cartaz em que aparece a imagem de Nicolau dos Santos Neto, foragido desde 25 de abril, traz o nome "Lalau"
Ministro descarta recompensa por ex-juiz
WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Justiça, José Gregori, descartou a possibilidade de
o governo recompensar por pista
que leve à captura do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto. Um dos
impedimentos foi a falta de previsão orçamentária para esse tipo
de gasto.
"Não há absolutamente nenhuma idéia de oferecer recompensa", afirmou Gregori. A Folha
apurou que chegou a ser discutida
a possibilidade de oferecimento
de recompensa de R$ 30 mil.
O cartaz "procura-se" de Nicolau dos Santos Neto aprovado pelo Ministério da Justiça chama o
ex-juiz de "Lalau". Principal acusado do desvio de R$ 169 milhões
da obra do Fórum Trabalhista de
São Paulo, Nicolau está foragido
desde 25 de abril.
Segundo o Ministério da Justiça,
o termo Lalau foi usado porque
essa é a forma pela qual o ex-juiz
passou a ser chamado no país inteiro. Esse "apelido" vem entre
parênteses depois do seu nome
completo.
O cartaz traz também um número de prefixo 0800 da Polícia
Federal que vai receber denúncias
sobre o paradeiro do ex-juiz. O
número ainda não estava definido ontem à noite.
Segundo o Ministério da Justiça,
serão confeccionados possivelmente neste fim-de-semana 50
mil cartazes coloridos com a foto
do juiz, o timbre do ministério, a
informação de que há dois mandados de prisão contra ele e o número de telefone.
Os cartazes serão distribuídos
para as superintendências regionais da Polícia Federal em todo o
país, que o fixarão preferencialmente em aeroportos, rodoviárias, bancos, agências de correios
e delegacias de polícia.
Além de informações concretas
a respeito do paradeiro de Nicolau, a Polícia Federal espera fechar
o cerco em torno dele, forçando-o
a se entregar. Argumenta-se que,
se ele ainda estiver no Brasil, dificilmente ficará tranquilo com sua
foto espalhada por logradouros
públicos de todo o país.
Nos últimos três meses e meio,
apesar de não haver cartazes, a
Polícia Federal vem recebendo
dezenas de informações sobre seu
paradeiro, que se revelaram falsas.
Segundo o diretor-geral da PF,
Agílio Monteiro Filho, houve um
dia em que Nicolau, segundo
"pistas" recebidas pela instituição, estava em três Estados diferentes.
A Polícia Federal pretende checar todas as informações que receber. Além de um grupo de elite
que cuida do caso em São Paulo,
todas as superintendências regionais estão orientadas a deslocar
agentes para verificar as denúncias recebidas.
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