São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 2000


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PF informa à Justiça medidas sobre Nicolau

JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de desconhecer o paradeiro do ex-juiz Nicolau do Santos Neto, foragido desde o dia 25 de abril, a Polícia Federal enviou ontem um ofício à Justiça Federal explicando todas as medidas que foram tomadas para evitar a fuga do ex-juiz.
Dentre os procedimentos, adotados pela PF antes mesmo de a prisão preventiva ser decretada contra Nicolau, no final de abril, está a inclusão do nome do ex-juiz no Sinpi (Sistema Nacional de Procurados e Impedidos).
A cópia do cadastro no Sinpi foi enviada à Justiça e nela constam dados pessoais do juiz Nicolau, como filiação e data de nascimento. O ofício enviado à Justiça também está assinado pelo delegado Marco Antonio Veronezzi, chefe da Delemaf (Delegacia Marítima Aeroportuária de Fronteiras).
Veronezzi afirmou que logo que a PF recebeu a ordem de Mazloum para prender Nicolau, por meio de fax, avisou todos os postos de fronteira do território nacional de que o ex-juiz estava impedido por determinação judicial de deixar o país.
O delegado disse também que não se preocupou em recolher o passaporte de Nicolau, já que Mazloum teria informado que o documento teria sido entregue pelo próprio ex-juiz espontaneamente à Justiça.
A polícia deu a informação de que Nicolau tem dois passaportes: um cuja validade já expirou em 1997 e outro que vale até 2003, que foi justamente o entregue à Justiça.
O ofício enviado ontem pela polícia foi uma resposta a um pedido feito pelo juiz da 1ª Vara Criminal Federal, Casem Mazloum, na semana passada.
Mazloum decretou a prisão preventiva de Nicolau em 25 de abril. Treze dias antes, ele determinou que a polícia evitasse a saída do ex-juiz do país.
A PF não sabe informar se o juiz se encontra no Brasil ou se conseguiu mesmo ir para o exterior.
As informações enviadas para Mazloum foram também requeridas junto ao delegado da Interpol José Pinto de Luna, um dos responsáveis pelas buscas ao ex-juiz.


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