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PF informa à Justiça
medidas sobre Nicolau
JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de desconhecer o paradeiro do ex-juiz Nicolau do Santos Neto, foragido desde o dia 25
de abril, a Polícia Federal enviou
ontem um ofício à Justiça Federal
explicando todas as medidas que
foram tomadas para evitar a fuga
do ex-juiz.
Dentre os procedimentos, adotados pela PF antes mesmo de a
prisão preventiva ser decretada
contra Nicolau, no final de abril,
está a inclusão do nome do ex-juiz
no Sinpi (Sistema Nacional de
Procurados e Impedidos).
A cópia do cadastro no Sinpi foi
enviada à Justiça e nela constam
dados pessoais do juiz Nicolau,
como filiação e data de nascimento. O ofício enviado à Justiça também está assinado pelo delegado
Marco Antonio Veronezzi, chefe
da Delemaf (Delegacia Marítima
Aeroportuária de Fronteiras).
Veronezzi afirmou que logo que
a PF recebeu a ordem de Mazloum para prender Nicolau, por
meio de fax, avisou todos os postos de fronteira do território nacional de que o ex-juiz estava impedido por determinação judicial
de deixar o país.
O delegado disse também que
não se preocupou em recolher o
passaporte de Nicolau, já que Mazloum teria informado que o documento teria sido entregue pelo
próprio ex-juiz espontaneamente
à Justiça.
A polícia deu a informação de
que Nicolau tem dois passaportes:
um cuja validade já expirou em
1997 e outro que vale até 2003, que
foi justamente o entregue à Justiça.
O ofício enviado ontem pela polícia foi uma resposta a um pedido
feito pelo juiz da 1ª Vara Criminal
Federal, Casem Mazloum, na semana passada.
Mazloum decretou a prisão preventiva de Nicolau em 25 de abril.
Treze dias antes, ele determinou
que a polícia evitasse a saída do
ex-juiz do país.
A PF não sabe informar se o juiz
se encontra no Brasil ou se conseguiu mesmo ir para o exterior.
As informações enviadas para
Mazloum foram também requeridas junto ao delegado da Interpol
José Pinto de Luna, um dos responsáveis pelas buscas ao ex-juiz.
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