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Maluf tenta polêmica
com candidata petista
DA REPORTAGEM LOCAL
Em uma nova tentativa de trazer para a disputa municipal temas que considera serem os pontos fracos de Marta Suplicy (PT),
o candidato do PPB à Prefeitura
de São Paulo, Paulo Maluf (PPB),
afirmou ontem ser contrário à política de liberdade de aborto supostamente defendida pela ex-deputada.
""Não sou a favor da política de
direitos humanos do dr. Hélio Bicudo, vice da Marta, que só defende direitos humanos para bandidos. Também sou contra a política dela de diminuir as penas dos
presidiários e de liberdade de
aborto", declarou o pepebista,
durante corpo-a-corpo na zona
noroeste da cidade.
Essa é a segunda vez, em menos
de uma semana, que Maluf introduz na campanha temas não relacionados à eleição municipal com
o objetivo de atingir a petista
-segundo o Datafolha, líder nas
pesquisas de intenção de voto,
com 36% das preferências.
Na última quarta-feira, o ex-prefeito já havia ironizado o projeto de parceria civil entre homossexuais proposto por Marta.
""Não vou responder às bobagens e distorções do Maluf", limitou-se a dizer a candidata, por
meio de sua assessoria.
Em público, a petista tem defendido a ampliação do direito ao
aborto, hoje legalmente restrito
aos casos de estupro e de risco de
vida materno.
Em palestra na Associação dos
Oficiais da Reserva da Polícia Militar, o pepebista abandonou por
alguns momentos a campanha
municipal e adotou o tom de um
candidato ao governo do Estado.
""Se eu voltar a ser governador,
meu primeiro ato será extinguir o
Proar (programa do governo do
Estado que retira das ruas e submete à reciclagem os policiais envolvidos em ocorrências com
mortes e feridos). É uma vergonha", declarou a uma platéia de
cerca de 120 oficiais da reserva.
""Tenho autoridade moral de ex-governador e conheço o problema da segurança. Quando for
prefeito, e vou ser, vou brigar para
que o governador cumpra com
seu dever de dar segurança à cidade", desconversou Maluf ao ser
questionado sobre o episódio.
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