DA REPORTAGEM LOCAL

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS) estariam rigorosamente empatados se o segundo turno fosse disputado hoje: 45% a 45%. Há 15 dias, Ciro tinha 48% contra 44% do petista. Lula bate Ciro no Sul (50% a 42%) e perde para o candidato do PPS no Nordeste (48% a 44%). No Sudeste e no Norte/Centro-Oeste estão empatados.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O pepessista vence o petista na camada de maior renda (52% a 40%), na camada média (51% a 41%), mas fica numericamente atrás entre os mais pobres (44% a 47%).
Ciro vence entre os de nível superior (48% a 43%) e entre os que têm até o segundo grau (49% a 44%). Perde entre os menos escolarizados (43% a 47%). Lula bate Ciro entre os homens (49% a 44%), mas perde entre as mulheres (42% a 47%).
Se o segundo turno fosse entre Lula e José Serra (PSDB), o petista venceria por 51% a 37%. Na pesquisa realizada em 30 de julho, o petista tinha 50%, e o tucano, 40%.
Entre os homens, Lula bateria Serra por 57% a 33%, mas entre as mulheres a diferença se reduz a três pontos: 45% a 42%. Caso a disputa no segundo turno fosse entre Ciro e Serra, o candidato do PPS venceria por 50% a 32%. O único estrato em que o tucano aparece na frente de Ciro é entre os simpatizantes de seu partido: 56% a 40%.
Se Garotinho (PSB) chegasse ao segundo turno, perderia para Lula por 53% a 34%.

Outra eleição
Os especialistas costumam dizer que o segundo turno é uma nova eleição, na qual há um rearranjo das forças políticas.
Os candidatos têm quase um mês de campanha, que estimula o enfrentamento direto, principalmente porque o tempo da propaganda eleitoral gratuita passa a ser igual -dez minutos por programa para cada candidato, duas vezes ao dia.


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