São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Segurança é problema federal, diz Alckmin

Candidato afirma que violência atinge país inteiro e promete rever legislação penal, que é ineficaz contra o crime organizado

Tucano afirma que a falta de fiscalização nas fronteiras favorece o contrabando de armas que alimenta o crime organizado e o narcotráfico


MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, tentou ontem transferir ao governo federal o desgaste pela onda de violência em São Paulo, dizendo que segurança pública "é um problema do presidente".
"Se é um problema de todo o país, é um problema do presidente da República. É nacional. E não adianta dizermos que o problema não existe. Não podemos escondê-lo debaixo do tapete. Existe e precisa ser enfrentado", disse. Esse foi o ponto em que o candidato recebeu aplausos mais intensos no discurso a cerca de 1.500 políticos e empresários num clube de Curitiba, onde fez campanha.
Ele disse que, como toda a legislação é federal, vai rever a lei de execuções penais e os códigos Penal e de Processos, caso seja eleito. Para ele, a legislação "é muito dura para o [criminoso] pequenininho, porque a progressão da pena não se faz na velocidade devida, e fraquinha para o crime organizado".
Afirmando que "o grande mal" do Brasil é o tráfico de drogas e o contrabando de armas, sem a fiscalização na fronteiras, ele disse que o desarmamento é uma operação ""enxuga gelo": "Tira a arma do marginal, mas ela não pára de entrar."
Alckmin afirmou que "o Parlamento está virando um conjunto de interesses corporativos, muitas vezes contrários aos interesses coletivos. Temos que rever esse processo. O Parlamento tem que ser a casa do povo, a casa de todos, não das corporações, mas do coletivo".
A agenda em Curitiba terminou num encontro com o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB). Ele era vice na chapa de Roberto Requião (PMDB), mas a aliança foi anulada pelo presidente do PSDB, Tasso Jereissati. Brandão disse que o candidato "não tem culpa" pelo erro e que vai espalhar comitês Alckmin-Requião.
O fato de o PDT ter lançado Cristovam Buarque à Presidência não inibiu o senador Osmar Dias (PDT), candidato ao governo, a participar da caminhada de Alckmin em Curitiba.


Texto Anterior: Em zoológico de Manaus, Heloísa beija onça-pintada, mas prefere não ver tucano
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.