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Está difícil ser
petista hoje em
dia, acha Plínio
DA REPORTAGEM LOCAL
O coordenador da campanha
de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 1989,
Plínio de Arruda Sampaio, acha
que hoje está difícil ser petista.
Candidato a presidente do partido, ele acredita que há solução para a legenda.
Folha - Está difícil ser petista?
Plínio de Arruda Sampaio - Sem
dúvida. Há um ataque violentíssimo contra o partido, numa área
extremamente delicada: o terreno
ético. É uma situação bem difícil,
até porque a gente tem que, de
certa maneira, concordar com as
pessoas que estão criticando, porque nós cometemos erros graves.
Folha - Qual sua principal proposta para recuperar o partido?
Plínio - No plano externo, fazer
ver ao governo a necessidade de
mudar a política econômica. No
interno, a volta ao núcleo de base.
Folha - E onde o sr. acha que o PT
começou a errar?
Plínio - Na eleição de 1998, quando decidiu mudar um pouco o
programa, dar prioridade à questão da estabilização, essa questão
financeira, e decidiu fazer campanha com o marqueteiro.
Folha - O sr. é o único candidato a
dizer que pode sair do partido se
não ganhar a eleição.
Plínio - Não é se não ganhar. Depende do jeito que não ganhar.
Sairei do partido se eu perceber,
através desta eleição, que ele não é
mais um instrumento para o
avanço da causa popular. Mas toda a minha tendência, todo o meu
desejo, é de ficar no partido.
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