São Paulo, domingo, 18 de setembro de 2005

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Está difícil ser petista hoje em dia, acha Plínio

DA REPORTAGEM LOCAL

O coordenador da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 1989, Plínio de Arruda Sampaio, acha que hoje está difícil ser petista. Candidato a presidente do partido, ele acredita que há solução para a legenda.

Folha - Está difícil ser petista?
Plínio de Arruda Sampaio -
Sem dúvida. Há um ataque violentíssimo contra o partido, numa área extremamente delicada: o terreno ético. É uma situação bem difícil, até porque a gente tem que, de certa maneira, concordar com as pessoas que estão criticando, porque nós cometemos erros graves.

Folha - Qual sua principal proposta para recuperar o partido?
Plínio -
No plano externo, fazer ver ao governo a necessidade de mudar a política econômica. No interno, a volta ao núcleo de base.

Folha - E onde o sr. acha que o PT começou a errar?
Plínio -
Na eleição de 1998, quando decidiu mudar um pouco o programa, dar prioridade à questão da estabilização, essa questão financeira, e decidiu fazer campanha com o marqueteiro.

Folha - O sr. é o único candidato a dizer que pode sair do partido se não ganhar a eleição.
Plínio -
Não é se não ganhar. Depende do jeito que não ganhar. Sairei do partido se eu perceber, através desta eleição, que ele não é mais um instrumento para o avanço da causa popular. Mas toda a minha tendência, todo o meu desejo, é de ficar no partido.


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