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PF vai investigar o PT e a ligação de Serra e Negri com liberações
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal vai investigar a origem do dinheiro (R$ 1,7
milhão) que o PT e uma revista
teriam desembolsado para
comprar um dossiê contra Geraldo Alckmin e José Serra.
A investigação irá averiguar
também se Serra, quando ministro da Saúde, e seu sucessor
Barjas Negri atuaram ou não
para favorecer a liberação de
recursos para adquirir ambulâncias vendidas pela máfia dos
sanguessugas a prefeituras em
licitações fraudadas por empresas ligadas à Planam, da família de Luiz Antonio Vedoin.
Na sexta, a PF apreendeu o
dinheiro suspeito, em um hotel
em São Paulo, com o empreiteiro Valdebran Carlos Padilha da
Silva e o advogado e ex-agente
da PF Gedimar Pereira Passos.
Eles disseram à PF estar intermediando a compra do dossiê.
Além da revista, citaram prenomes de petistas da executiva.
Em Cuiabá, a PF prendeu
Luiz Antonio Vedoin e Paulo
Trevisan -tio do empresário-,
com quem estava o dossiê.
Também será objeto da investigação a liberação de recursos públicos destinados à compra de ambulâncias durante a
gestão tucana. Em entrevista à
revista "IstoÉ", os empresários
Darci e Luiz Antonio Vedoin
afirmam que, no final de 2002,
um emissário do então ministro Barjas Negri teria cobrado
propina para liberar o pagamento de emendas. O emissário seria Abel Pereira, empresário de Piracicaba. Documentos
que teriam sido entregues à
CPI e ao Ministério Público seriam a prova de que o "pedágio"
para a liberação de verbas para
a compra de ambulâncias, cobrados por Abel Pereira, transformou-se em depósitos bancários para prefeitos e assessores.
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