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Ministro diz que tomaria a mesma decisão de 2000
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Supremo
Tribunal Federal Marco Aurélio de Mello disse ontem
que, se apreciasse hoje um
novo pedido de relaxamento
de prisão de Salvatore Alberto Cacciola, tomaria a mesma decisão de julho de 2000,
quando concedeu liminar
que resultou na fuga de Cacciola do Brasil para a Itália.
Marco Aurélio defendeu a
fuga como um direito natural. "Enquanto a culpa não
está formada, o acusado tem
o direito, que eu aponto como natural, que é de fugir para evitar uma glosa [punição]
que seria precipitada", disse.
O ministro reafirmou a tese de que ninguém pode
cumprir a pena de prisão se a
sentença de condenação não
for definitiva, ou seja, se ainda puder ser alterada por
meio de recursos nas instâncias superiores. "O que temos que considerar é que a
liminar foi deferida quando
ele era um simples acusado,
não havendo ainda a sentença condenatória. Mas sustento que a sentença ainda
sujeita a reforma [alteração
por recurso] não enseja a
execução da pena, a prisão."
Cacciola fugiu em julho de
2000, após se livrar da prisão
em razão de liminar dada por
Marco Aurélio quando atuava no plantão do recesso do
STF.
(SILVANA DE FREITAS)
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