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Pimentel chora e diz que paga "alto custo" por aliança
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O prefeito de Belo Horizonte,
Fernando Pimentel (PT), chorou após discurso em que disse
estar pagando "alto custo político-pessoal" pela aliança com
o governador tucano Aécio Neves em torno da candidatura de
Marcio Lacerda (PSB). Sem citar nomes, disse que alguns não
compreenderam o sentido.
No lançamento do programa
de governo de Lacerda, com
cerca de 400 pessoas, ele criticou políticos de Brasília e São
Paulo que resistiram à aliança.
Ao final, não quis dar mais
explicações. Foi Aécio quem
disse que Pimentel se referia a
um "setor da Direção Nacional
[do PT], um pouco mais míope,
um pouco mais imediatista".
No discurso, Pimentel disse
que Aécio também paga pela
aliança e lhe rendeu homenagem pela "ousadia de caminhar" com ele. O prefeito, que
afirmou se orgulhar do PT, disse que a aliança não foi feita
"em nome de nenhum dos partidos" que a compõem mas pela
população. "Foi por isso que caminhamos juntos e pagamos o
preço que temos pago."
Lacerda tem chance de vencer no primeiro turno.
Pimentel chorou após o discurso, o que levou Aécio a iniciar o seu dizendo que aquele
era um "momento especial" da
política. E fez uma saudação à
"legítima e verdadeira emoção
do prefeito". Disse que sua "coragem" ficará registrada na história política de Minas.
Recursos
Lacerda destacou no seu programa de governo, além da continuidade e melhoria da gestão
Pimentel, a parceria administrativa com o Estado.
Foi essa também a principal
mensagem de Aécio, ao dizer
que BH receberá do Estado investimentos de R$ 1,5 bilhão
em 2009 e 2010, o maior volume já reservado para a capital
em dois anos, afirmou.
Aécio disse que não discrimina candidatos, mas que haverá
mais "avanços" se estiver na
prefeitura "alguém que possa
fazer um planejamento concomitante com o Estado".
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